25.1.12
How familiar
Lido numa crítica ao filme Hello I Must Be Going, de Todd Louiso:
There is (...) only the spectacle of people so into their own heads and lifestyles that they have scant understanding of or support for the needs even of a close loved one [in Sarah Koskoff’s original screenplay].
Ilustração de Vicky Rabinowicz
Frutalmerdas
Caro senhor proprietário do estabelecimento dos pastéis, dos sumos de fruta madura, das férteis famílias de bem, das senhoras de couraça de laca, dos empregados trombudos, do café queimado, das filas ao almoço, do estacionamento em 2ª fila aos sábados e das buzinadelas insistentes dos carros trancados: quando o senhor proprietário conta a massa fresca ao fim do dia, ou quando se senta proprietariamente no estabelecimento fechado, aos domingos, desfrutando do seu jornal e da sua possessão, ocorre-lhe que, ao efectuar obras nesse recanto dos prazeres, em dias de descanso bem cedo pela manhã, ou pela noite de dias de trabalho dentro, de forma a não perturbar os seus valiosos clientes e o fluxo do pastel, está a incomodar um pequeno universo de pessoas que vivem na proximidade? Concedo que, pela ausência de reacções negativas, a população em causa goste de sofrer, seja surda ou repouse em urnas. Todas elas plausíveis, tendo em conta a zona. No entanto, senhor pasteleiro, ainda há seres de sangue quente a sofrer as consequências da sua ânsia em engrossar o recheio, espetando intermináveis furos e marteladas no silêncio de um repouso merecido. Ponha-se a pau, ou qualquer dia a martelada vai bater-lhe à porta.
20.1.12
Esta é que é a verdadeira artista
Alguém quer realizar esta merda por mim?
Tenho lido várias críticas ao filme W.E. realizado por Madonna, a história de amor entre who the fuck cares, com muitas roupas vintage e cenários bonitos e por aí fora. São todas invariavelmente negativas, mas esta leva a palma, até porque, para além de bem escrita, é especialmente divertida.
Madonna’s skill with the camera seems to extend to her being able to turn it on, but not a great deal further: to liven up an argument between Wallis and Edward, she has her romantic leads inexplicably run around a tree trunk. Later, we see Wallis dancing the Charleston with an African tribeswoman to the strains of 'Pretty Vacant’ by The Sex Pistols in front of a Charlie Chaplin film, which must be a strong contender for the most garbled, half-baked image in cinema history.
(...)
W.E. is — still — a stultifyingly vapid film, festooned with moments of pure aesthetic idiocy. With characteristic humbleness, Madonna performs a song called 'Masterpiece’ over the end credits, although one can’t help but feel that her 2003 number one single 'Sorry’ might have been more appropriate.
Subjectivity is objective
Love and Death, de Woody Allen (1975)
Sonja: Boris, Let me show you how absurd your position is. Let's say there is no God, and each man is free to do exactly as he chooses. What prevents you from murdering somebody?
Boris: Murder's immoral.
Sonja: Immorality is subjective.
Boris: Yes, but subjectivity is objective.
Sonja: Not in a rational scheme of perception.
Boris: Perception is irrational. It implies immanence.
Sonja: But judgment of any system or a priori relation of phenomena exists in any rational or metaphysical or at least epistemological contradiction to an abstracted empirical concept such as 'being' or 'to be' or 'to occur' in the thing itself or of the thing itself.
Boris: Yeah, I've said that many times.
19.1.12
Variações em Tourette
E como toda a comunicação é inelutavelmente subjectiva, o que se pretende dizer pode ser tão ou mais rico quanto o que realmente se diz. Nesse sentido, arrepanhei o meu espírito analítico, e, após um momento de pura interiorização, durante o qual descasquei uma tangerina com os dedos, reinterpretei uma conversa tida há pouco com o perscrutamento e a densidade requeridas. Temo, no entanto, que a tradução resvale para o âmbito neurológico.
João Madeira diz:
Janeiro 19, 2012 às 12:49 pm
A ética tem hoje um valor tão subjectivo quanto a verdade. A verdade institucional é, a céu aberto, a mais retumbante mentira. No entanto, e depois de devidamente empacotada e vendida para consumo generalizado, a mentira transforma-se numa verdade substituta, argumento de uma opera buffa de muito má qualidade que alimenta a compulsão folhetinesca deste país. Nesta farsa interminável, a ética é o seu mais estimado polichinelo. Por aqui, só dá para rir.
Leia-se:
Todos pró car****, filhos duma ganda pu**, era enfiar-lhes a tromba num formigueiro, metê-los nus num vagão cheio de tachas, atirá-lo pra um aterro e acender uma fogueira no meio, cagalh*** de mer**!
Mário Moura diz:
Janeiro 19, 2012 às 12:58 pm
A ética é sempre subjectiva, e isso não lhe retira qualquer tipo de valor. Uma ética objectiva será sempre mais do domínio da lei ou da religião, algo externo, mas as decisões, mesmo informadas por instituições, são sempre individuais.
Leia-se:
Eláaa! Quem és tu, ó palhaço do car**** que vens práqui meter a tua tromba convencida na minha chafarica, ó cão? Achas quésperto? Péra lá queuját'digo!
João Madeira diz:
Janeiro 19, 2012 às 3:10 pm
Isso pressupõe que, ao agir, podemos invocar os contornos imprecisos de um conjunto de valores de utilidade discutível. Tudo o que a consciência debita é subjectivo. Mas existe um compromisso entre a noção íntima do que fazemos e o impacto social desses actos. É um percurso há muito trilhado, de experiência feito. É esse compromisso que cria uma fronteira entre ética e amoralidade. O caminho entre ética e instituições deveria ter duas vias dinâmicas e evolutivas, que não tem. Mas decisões individuais, por mais independentes que pretendam ser, não podem estar perdidas numa nebulosa autocrática, nem criar um sistema substitutivo do bom senso e do bem comum, que são subjectivos mas civilizacionalmente muito úteis. É essa conveniente desagregação semântica que contesto, nomeadamente quando convertida em manipulação governativa.
Leia-se:
Bou-te espetar mazé tão fundo c’a minha prosa caté te saltam as fossas nasais cuimpacto, ó car****!
Mário Moura diz:
Janeiro 19, 2012 às 3:25 pm
A utilidade dos valores é sempre discutível, sejam eles subjectivos (emoções, interesses, etc.) ou sociais (costumes, leis, religiões). Não é o facto de serem discutíveis que os torna piores, apenas que numa democracia é habitual ter de discuti-los com outras pessoas.
A autocracia só entra em jogo quando se tenta impôr os nossos próprios valores sem essa discussão.
Leia-se:
Óoooo car****! Agora é que te faço a folha com duas linhas filhas da pu**, fod*-** todo, cabr**, eu fod*-** todo e chupo-te o sangue, porco! Baza mazédaqui!
Não sabias?
Será que assistiríamos a uma ligeira inflexão na decadência comunicacional, se espalhassem o boato de que tinha sido esta senhora a inventar o like?
A ética, essa furtiva realidade
Este interessante artigo, num blog não menos interessante, suscitou-me um comentário que, a ser reprimido, acabaria por se transformar num post bastante azedo e cheio de analogias desagradáveis. De modo que assim antecipo a questão e desgasto um bocadinho menos o(s) sistema(s) nervoso(s). Ou talvez não. Esta história das nomeações do Passos é mais do mesmo, e receio bem que sejamos derrotados pelo cansaço e pela indiferença antes mesmo de a bancarrota se encarregar disso. Mas, bom, desde que dê para um prazeiroso debate epistemológico. Aqui reproduzo a conversa* para os (des)interessados nestes assuntos envolventes. E embora a minha aparente inflexibilidade seja – suspeito eu – despachada com uma bofetada de luva branca, fico satisfeito por ver o autor rematar, de forma precisa, com uma ideia partilhada. Sendo que, a meu ver, a conclusão de tal premissa é tão optimista (e subjectiva) quanto o estado actual da democracia portuguesa.
João Madeira diz:
Janeiro 19, 2012 às 12:49 pm
A ética tem hoje um valor tão subjectivo quanto a verdade. A verdade institucional é, a céu aberto, a mais retumbante mentira. No entanto, e depois de devidamente empacotada e vendida para consumo generalizado, a mentira transforma-se numa verdade substituta, argumento de uma opera buffa de muito má qualidade que alimenta a compulsão folhetinesca deste país. Nesta farsa interminável, a ética é o seu mais estimado polichinelo. Por aqui, só dá para rir.
Janeiro 19, 2012 às 12:49 pm
A ética tem hoje um valor tão subjectivo quanto a verdade. A verdade institucional é, a céu aberto, a mais retumbante mentira. No entanto, e depois de devidamente empacotada e vendida para consumo generalizado, a mentira transforma-se numa verdade substituta, argumento de uma opera buffa de muito má qualidade que alimenta a compulsão folhetinesca deste país. Nesta farsa interminável, a ética é o seu mais estimado polichinelo. Por aqui, só dá para rir.
Mário Moura diz:
Janeiro 19, 2012 às 12:58 pm
A ética é sempre subjectiva, e isso não lhe retira qualquer tipo de valor. Uma ética objectiva será sempre mais do domínio da lei ou da religião, algo externo, mas as decisões, mesmo informadas por instituições, são sempre individuais.
João Madeira diz:
Janeiro 19, 2012 às 3:10 pm
Isso pressupõe que, ao agir, podemos invocar os contornos imprecisos de um conjunto de valores de utilidade discutível. Tudo o que a consciência debita é subjectivo. Mas existe um compromisso entre a noção íntima do que fazemos e o impacto social desses actos. É um percurso há muito trilhado, de experiência feito. É esse compromisso que cria uma fronteira entre ética e amoralidade. O caminho entre ética e instituições deveria ter duas vias dinâmicas e evolutivas, que não tem. Mas decisões individuais, por mais independentes que pretendam ser, não podem estar perdidas numa nebulosa autocrática, nem criar um sistema substitutivo do bom senso e do bem comum, que são subjectivos mas civilizacionalmente muito úteis. É essa conveniente desagregação semântica que contesto, nomeadamente quando convertida em manipulação governativa.
Mário Moura diz:
Janeiro 19, 2012 às 3:25 pm
A utilidade dos valores é sempre discutível, sejam eles subjectivos (emoções, interesses, etc.) ou sociais (costumes, leis, religiões). Não é o facto de serem discutíveis que os torna piores, apenas que numa democracia é habitual ter de discuti-los com outras pessoas.
A autocracia só entra em jogo quando se tenta impôr os nossos próprios valores sem essa discussão.
Mário Moura diz:
Janeiro 19, 2012 às 3:25 pm
A utilidade dos valores é sempre discutível, sejam eles subjectivos (emoções, interesses, etc.) ou sociais (costumes, leis, religiões). Não é o facto de serem discutíveis que os torna piores, apenas que numa democracia é habitual ter de discuti-los com outras pessoas.
A autocracia só entra em jogo quando se tenta impôr os nossos próprios valores sem essa discussão.
*Com os devidos retoques cosméticos.
Ilustração de Ilya Kolesnikov
Amigados
Parece que no Facebook também se pode "desamigar" (eu sei, cheguei tarde à festa, como o Vasco Pulido Valente). Um novo conceito que faz todo o sentido nos tempos que correm, alinhando-se, na mesma simpática categoria prefixal, com "desemerdar", "desinteressar", "desatinar", "desinformar" e "desindiciar" no modus operandi da nação. Por familiaridade fonética poderia também mencionar "designar" (para cargos oficiais os trastes do costume que fazem carreira a lamber orifícios e a meter ao bolso o rebotalho do erário público) e "desinteria" (moral generalizada). Pois com a mesma facilidade com "amiguei" fulana de tal, decidi agora "desamigá-la". Ora sucede que esta cidadã, que toda a vida conheci dos tempos da RUC, anda a fazer pela vida nas mesmas paragens que eu. Sempre que nos cruzamos, a moça dá início a uma pouco subtil operação oculta, e eu, que não mudei tanto assim, só posso depreender que ela tem um fetiche por ser "amigada" por pessoas de quem não gosta, ou é muito amiga de jogar às escondidas. Para confirmar a impressão, estacionou na mesa de café ao lado da minha no dia de Natal, na cidade que nos viu trocar olhares cúmplices (nem por isso). Ela devia estar sem as lentes e eu, confesso, tinha-me esquecido da disposição. A rapariga "amiga-se", a rapariga comenta posts dos meus amigos contratuais, a rapariga passeia pela urbe e deve ser boa pessoa, não duvido. Mas esta explosão de virtualidade social com que o Facebook nos presenteou, qual acelerador de partículas descontrolado que interfere no contínuo espaço-tempo e na realidade tal como ela é, faz-me um bocadinho de confusão. Felizmente, e sem consequências, podemos carregar no botão e inverter o processo.
12.1.12
Caras palavras
Vocês são muitas e tão boas, mas nem que vivesse 200 anos de intensa actividade coca-bichinhos vos conheceria todas. Em minha defesa tenho a dizer que algumas de vós simplesmente não têm o estofo necessário, por isso vos desdenho.
Indivíduo de tal foi alvo de um ataque selvagíneo por parte dos seus pares.
Consigo antecipar um "quem?", e não é relativo ao tal indivíduo.
Uma certa banda de rock teve uma actuacção silvática.
E nunca mais ninguém a (ou)viu. Tenho dito.
Uma notícia das entranhas
Também será válido para os traques?...
Mais um artigo naquele tom levezinho e incongruente de quem precisa de encher chouriços com muita pressa. Então sublinha o "mau humor" ao volante mas é encimado por uma parangona destas? "Solte a sua raiva" é, desde logo, uma das mais imbecis asserções de auto-ajuda alguma vez proferidas. De que contextos falamos? Dos corredores da Segurança Social, do lar do Paco Bandeira, do gabinete do patrão?... E no trânsito, não? Então porquê? Se um gajo soltasse "a sua raiva" à discrição já não havia ninguém para contar a história, ó palhaço! E não há ciência nenhuma na road rage, que se explica simplesmente pelo facto de as pessoas serem umas bestas de cérebro coalhado, com o sentido cívico de uma chapa de zinco e o auto-controlo de um javali em pânico, que, mesmo assim, seria seguramente mais discernente dentro de um automóvel do que 98% dos portugueses. Se este gajo viesse fazer um estágio comigo eu mostrava-lhe a beleza (e produtividade) de soltar a fúria em contexto gregarista, e, entre enxovalhar a colega analfabeta e pegar fogo a um mail para a chefia (e à minha carreira em geral), ainda arranjava tempo para o espancar com a edição em capa dura, a ver se lhe sacava uma ideias que se aproveitassem.
11.1.12
Outra coisa má
Ontem à noite estava a dar na TV Innocent Blood, um filme realizado por John Landis em 1991, que capitalizava, por um lado, no sucesso internacional de Anne Parillaud, graças a Nikita, de Luc Besson, e, por outro, tentava reeditar o sucesso de An American Werewolf in London, com a mesma mistura de gore e humor. Por razões que escapam ao entendimento, pelo menos à luz dos nossos dias, Parillaud tornou-se uma pequena sensação na altura, talvez porque aceitasse despir-se ao menor pretexto. De resto, como explicar o nu frontal logo no início do filme, em que vemos o jardim de Inverno da protagonista em toda a sua glória? Decerto um petit rien para consumo entusiástico do mercado europeu e no remanso do leitor de VHS. Mas por muita frescura que se exiba, o perfil da mignone enjoativa, com o fiozinho de voz, a presença inefável e uma inabilidade aflitiva para enfrentar a fonética inglesa, esgotou-se rapidamente no celulóide, longe das mãos do seu criador. Innocent Blood é tão inenarravelmente mau, dos diálogos aos efeitos especiais, que por vezes se torna bom. Nomeadamente graças ao desempenho de Robert Loggia no papel de um mafioso sádico, que dá a cada cena o excesso burlesco de que a coisa desesperadamente precisa, parecendo o único actor com noção do filme em que está e a ter algum gozo nisso. Se fizessem uma reedição em Blu-ray só com as sequências em que ele aparece, talvez valesse a pena perder algum tempo a assistir ao precipitado declínio de John Landis.
Agora podes.
Agora não podes.
Agora estou com um certo calor.
Ah, directo à jugular da minha carreira!
WTF?!...
Desclassificados
Indivíduo coloca à venda um artigo. Outro indivíduo faz proposta. Primeiro indivíduo responde com a categoria que define um comerciante sagaz . Se a cloaca produzisse poesia, sairia assim.
Sala de estar
Temos de combinar um jantar…
Pois temos…
O email que eu tenho está certo?...
Não sei, é aquele do… ou o do outro? O mais antigo já não existe.
Sim… Prefiro de manhã…
Cedo?...
Sim, mais cedo… Domingo…
Pequeno-almoço?...
Não, brunch, prefiro brunch, é um compromisso…
Compromisso?...
Sim, assim aproveito melhor o dia…
Podíamos tomar um café…
Boa, um café, sim, combinamos um café… O teu número é o mesmo?
Sim…
Tenho aquele do teu trabalho…
Já não estou lá…
Ah não?...
Há 3 anos…
Então deve ser o outro que tenho no telefone antigo.
Pois…
Tenho de o recuperar…
Hmm…
Olha, e tens escrito?
Escrito?...
Sim, aquelas coisas que tu escrevias, na… no…
Sim…
Boa. E que leituras aconselhas?...
Eu?…
Ando a ler uma coisa bestial daquela… como é que ela se chama?... Já leste?
Não…
Pois é… Realmente, temos mesmo de marcar um almoço… Apareçam mais vezes…
Sim…
Lembram-se daquela vez que vocês fizeram um vídeo, estávamos todos no aniversário da tia… foi uma paródia… tão giro… Têm feito vídeos? Têm de fazer outro vídeo, todos juntos…
Hmm… Já lá vai tanto tempo… A vida…
Então, a tia fazia… Foi em… Treze, catorze anos? Meu Deus…
Bem, está um frio… Assim de repente a temperatura baixou imenso…
Está, está, agasalhem-se… Então vá, beijinhos!
Beijinhos, obrigado…
4.1.12
2.1.12
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