30.4.09

As piores deixas de sempre 6



"Trauma causes pain."

Katherine (Famke Janssen), em Hide and Seek, de John Polson (EUA, 2005)

Suburban sexy 10

29.4.09

Memorabilia









Séries B de que não reza a história.

A realidade não existe



Suburban sexy 9



O mundo ideal é essencialmente mau



Embora seja comum vender porque é mau, vender apesar de ser mau e vender porque nos convencem de quão bom é o mau, o mais vulgar de todos os processos, hoje, é não vender e ser mau. Não é reflexo de um público esclarecido, é reflexo de mercados encolhidos. E assim se perpetua o bloqueio criativo. Porque não aproveitar para reduzir os budgets e aguçar o engenho? A primeira fase está cumprida, venha agora o advento das boas ideias.

Fim-de-semana à vista

23.4.09

Catarse



Quando chegares vai ser tarde. Fica por aí, com a tua indolência rechonchuda. Seja como for, nunca irá a lugar nenhum.

22.4.09

Surrealismo na prateleira



O supermercado perto do trabalho vende caldos Knorr no bengaleiro.

Evolução



Meus amigos, este fósforo perdeu a cabeça.
Agora levam só com o pau.

Hipergrafia



E por falar em diarreia, convido quem tiver uns minutinhos e especial gosto pela paleografia a decifrar esta mensagem monomaníaca de Mário Jorge Torres, publicada, como não, no Ípsilon.
A coisa aborda "A Mulher Sem Cabeça", de Lucrecia Martel, filme sobre o qual esperava aprofundar o meu conhecimento. Em vez disso, serviram-me uma paella lexical. Estragada.

As piores deixas de sempre 5



"- Para onde vamos?
- Longe.
- Onde fica isso?

- Perto."


Maria (Carla Chambel) e Diniz (Rogério Samora), em 98 Octanas, de Fernando Lopes (Portugal, 2006)

As piores deixas de sempre 4



"No, what happened, happened and couldn’t have happened any other way.”

Morpheus (Laurence Fishburne), em The Matrix Reloaded, de Larry e Andy Wachowski (EUA, 2003)

As piores deixas de sempre 3




"- You're a godsend, a saviour!

- No, I'm a postman."


Mulher para The Postman (Kevin Costner), em The Postman, de Kevin Costner (EUA, 1997)

As piores deixas de sempre 2



"Are you a master builder or a master butcher?"

Moisés (Charlton Heston), em The Ten Commandments, de Cecil B. DeMille (EUA, 1956)

21.4.09

As piores deixas de sempre



"- What do I need to deactivate the bomb?

- Me!"


James Bond (Pierce Brosnan) a Dr.ª Christmas Jones (Denise Richards), em The World is Not Enough, de Michael Apted (EUA, 1999)

Também podia entrar na categoria de "Piores filmes de sempre", "Pior dupla imaginável" e "Piores actores de todos os tempos", mas não nos cansemos.

Brinde



Às velhas relações. Algumas, cada vez mais.

17.4.09

Hard copy 10

Twitter



"I love talking about nothing. It is the only thing I know anything about."


Oscar Wilde

8.4.09

Futuro cinzento



Aqui reproduzo o texto do arquitecto Miguel Toussaint públicado no Público, edição de 22 de Março, a propósito da barbárie perpetrada sobre a casa projectada pelo arquitecto António Varela, com azulejos de Almada Negreiros, na Rua de Alcolela, no Restelo. Um local que deveria ser motivo de orgulho nacional e de possível peregrinação turística está nas mãos dos trafulhas mais broeiros e entregue à inanidade bichosa da CML. Será um dos raros casos a conhecer divulgação, razão pela qual exige a nossa intervenção.


"Mais um atentado ao património arquitectónico e artístico do século XX Recentemente foi denunciado o início da demolição clandestina de uma moradia na Rua de Alcolena no Restelo, bairro planeado por volta de 1940 por Faria da Costa, arquitecto urbanista por Paris, e que foi sobretudo ocupado, ao longo das décadas seguintes, por habitações unifamiliares de grandes dimensões, com um núcleo de habitações económicas e um notável conjunto habitacional/comercial projectado por Raul Chorão Ramalho. O bairro espraiou-se pela cerca do convento dos Jerónimos da qual restaram duas capelas, uma delas envolvida por um jardim projectado por Ribeiro Telles. Nesta vasta área, sobretudo habitacional, está o resultado do labor de muitos eminentes arquitectos que trabalharam, em meados do século XX, nomeadamente nessas grandes moradias encomendadas por gente com generosa capacidade financeira, que fizeram do Restelo um local privilegiado para morar em Lisboa, produzindo um conjunto de excelentes exemplos da arquitectura portuguesa moderna. No entanto, ameaças pairam sobre eles. Por exemplo, ainda há muito poucos anos uma moradia na Avenida das Descobertas, projectada por Francisco Conceição Silva, esteve na iminência de ser destruída, tendo-se logo desfeito o mural pintado por Júlio Pomar, bem visível da rua, que desapareceu para sempre. A casa acabou por ter uma intervenção mais qualificada, se bem que perdendo os acabamentos e cores originais. Agora outro caso semelhante acontece. A moradia, projectada em 1951 por António Varela - arquitecto importante da geração modernista, mas já reconhecendo o Movimento Moderno, tal como o seu colega Jorge Segurado com quem trabalhou -, começou a ser destruída e logo pela retirada dos painéis em azulejo criados pelo muito conhecido artista Almada Negreiros, autor de vários revestimentos deste tipo, sendo assim um dos responsáveis pelo renascimento de azulejo na obra arquitectónica em meados do século XX com o apoio dos arquitectos, com quem trabalhou em relação coordenada. Nesta casa, como em outros exemplos, os painéis foram concebidos para locais precisos e em íntima integração com a concepção arquitectónica. Para além disso a sua abundância, extensão e significado tornam este exemplo excepcional na obra do artista. A sua retirada é assim um atentado ao todo original e uma perda de testemunho desse reavivar do azulejo, então considerado elemento proeminente da tradição do país, mas também material arquitectónico capaz de ser moderno e útil para uma arquitectura renovada, depois da investida nacionalista do Estado Novo. Nesta casa existiam vários painéis em azulejo, alguns deles revestindo varandas inteiras, e bem visíveis da rua, um já desapareceu e outros dois foram danificados. Mas a casa merece a atenção culta para além dos azulejos e outros elementos artísticos/decorativos. Foi concebida para a encosta onde está implantada e para o sítio que ocupa. Da rua sobe-se por duas escadas exteriores que enquadram a garagem e um curioso tratamento do talude em xadrez com placas em pedra, já significativo dos valores iniciáticos que os azulejos bem representam, bem como as peças cerâmicas, de outro artista, que envolvem a porta da entrada principal, ou a escolha e disposição das cores e desenhos dos acabamentos no interior. E é uma grande moradia com o seu rés-do-chão ocupado pelo salão e zona de serviço, e duas zonas íntimas no primeiro andar, originalmente uma para a dona da casa e outra para o seu filho. Aqui a afirmação iniciática está outra vez presente. Mas uma das mais interessantes características da casa é o facto de ser coroada por um vasto terraço coberto por vasta laje, em parte aberta por pérgulas, com amplas vistas sobre o estuário do Tejo. O arquitecto respondeu a um programa de moradia isolada no seu lote, mais complexo e exigente que o habitual, estando atento aos particulares interesses de quem iria lá morar, e projectando, até aos mais cuidados pormenores, numa encosta no bairro do Restelo. O terreno envolvente foi moldado de modo a acolher a casa e sujeito a projecto específico de jardim que incluiu também algumas intervenções artísticas. Gravada num revestimento em pedra está uma citação do poeta Paul Éluard e sob ela a assinatura do arquitecto datada de 10 de Fevereiro de 1954, data de aniversário do filho e ano de inauguração da casa. Assim foi sublinhada a conclusão de uma obra em que os donos da casa, o arquitecto (e sua equipa) e os artistas convergiram para criar uma casa excepcional. Tudo isto e muito mais que os estudos, que estão a decorrer sobre a casa, irão revelar levam a reclamar a sua classificação como bem cultural colectivo e respectiva preservação. A cidade de Lisboa não se pode dar ao dúbio luxo de desperdiçar um tal exemplo de qualidade arquitectónica e artística e de um importante testemunho do renascimento do uso do azulejo num tempo de afirmação moderna, que, em Portugal, significou o fim das veleidades culturais do Estado Novo."

So you think you can spell



Estou certo de que isto já foi publicado neste blog, mas em todo o caso foi o próprio Ridwan que me fez chegar o link. Vale a pena ver pela vitalidade do centenário Ed Rondthaler, pela piada do mecanismo e para que não nos olhem de soslaio quando pronunciarmos correctamente "Tomb Raider".

7.4.09

Redo culture



"For original movies, you need to advertise the idea, the story - it's about convincing people that it's worth seeing. With something that is branded, no education is required."

Ilustração de Ananda Spadt

2.4.09

Hard copy 9

Hard copy 8

Oportunidades



Foto de Andrew Brooks

1.4.09

Quinta dos Gavetos



Na verdade chama-se Casas do Alfaiate. Mais um site tecnicamente brilhante, onde se infere que a vida é boa mas as habitações são mirradinhas (como os sonhos, se calhar). Nada que não se atenue com uma bela cataplana de peixes mistos.

A sabedoria começa aos 30



























Para a minha irmã, que cumpre hoje uma idade muito emblemática. E para marcar a data, piam as corujas mais giras que consegui encontrar. Parabéns e bem-vinda ao clube.


Trabalhos de Lorena Siminovich, Siggi Odds, Helen Chapman, Annette Mangseth, Swirvington, Susie Ghahremani, Lotta Bruhn, Helen Musselwhite, Able Design, Inc., Mayney, Meg Hunt, Martin Klasch e Jeope Wolfe.

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