22.10.07

Outras escatologias

Lembrei-me de partilhar que estou com prisão de ventre há uns dias, coisa que não acontecia há já algum tempo. Um dos poucos escapes para este mal simultaneamente prosaico e opressor (haverá melhor palavra?) é a vingança sobre a horda de anónimos mal encarados que nos cerca nas ruas e, pior, na clausura do banco, dos CTT, do Pingo Doce ao fim-de-semana, dos serviços públicos do mais variado calibre de incompetência e inutilidade e, sim, no bem-amado centro de saúde. Pena é não ter tido o ensejo de me peidar estrepitosamente na tromba gordurosa da Mena que me atendeu hoje, com a costumeira lanzeira, afamado agastamento e proverbial ineficácia. Em todo o caso, reparei que a peida gadocha mal descolava da cadeira e que um relógio mínimo se enterrava no pulso balofo e pensei, "''tás aqui 'tás ali, minha porca." Não me levem a mal, mas acordei para a semana no Largo do Intendente Pina Manique, onde fica situado o meu CC, com uma senhora que me gritou aos ouvidos na sua voz saliente de varina reformada: "Ai c***, c***, que já não ganhas p'rá doooooona". Perante tal evidência, não me resta mais do que peidorrar-me catarticamente e esperar que o mal passe.

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