27.2.06

Mais vale só...


Se não fizeres uso da liberdade de que usufruis para questionar o que tens, nunca saberás quem és nem nunca poderás estabelecer limites para o que te é exigido. Se não ganhares respeito com essa liberdade, estás reduzido à expressão mínima da existência. E é mais importante respeitares-te do que saber que te respeitam: o primeiro sentimento revela um estado superior de consciência, o segundo a volatilidade da opinião alheia. O primeiro, um domínio de si perante o mundo e uma comunhão saudável com tudo e com todos. O segundo, uma satisfação ilusória dada por tudo e por todos que só contribuirá para que te descabeles na primeira ocasião. És moderadamente livre e isso implica a enorme responsabilidade de presumir que todos os demais estão errados e que as suas intenções são danosas. Desconfia, persuade e afasta-te. A misantropia auto-regulada é meio caminho andado para uma felicidade bem calibrada.

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