

Pete Burns é um dos expoentes trash dos anos 80. Em telediscos de exuberância rara, cometeu proezas com um cinto, um bastão de baseball e a capacidade vocal de um traqueostomizado. Ao ritmo da produção industrial de Stock, Aitken & Waterman, que pariu, entre outros, os monstros talentos de Sinitta, Princess e Mel & Kim, Burns agitava a tanga de leopardo e arrepanhava furiosamente a juba assassina, chamando a atenção de uma audiência ávida de PVC colorido e de inefáveis alusões sexuais. Dead or Alive, o grupo de Pete Burns, conheceu o seu maior êxito com o single “You Spin Me Round”, no apogeu dos anos de pechisbeque (1986). Recentemente a música fez-se ouvir de novo nas rádios inglesas, sofreu uma reedição e voltou ao top inglês. E porquê? Porque o artista se transformou num caldo Knorr protagonista do Big Brother britânico. A nação aguarda, ansiosa, que as patacas se convertam numa siliconada geral para dar forma àquela aparência. É de fazer inveja à nossa dura realidade.
Sem comentários:
Enviar um comentário