Mostrar mensagens com a etiqueta Música. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta Música. Mostrar todas as mensagens

8.1.15

Coming to terms

Sometimes people leave you.
Halfway through the wood.
Others may deceive you.
You decide what's good.
You decide alone....
But no one is alone.



19.3.13

Dezanove




It's funny that way, you can get used / To the tears and the pain / What a child will believe / You never loved me

Cover de Sia Furler, letra de Madonna
Ilustração de Jean Julien

Isto & Aquilo


Sound of the times.

15.2.13

"Love is just a word"



Do you feel
Love is just a word to say sometimes
Do you feel
Love is just a word to say sometimes
Do you feel
Love is just a word to say sometimes
Do you feel
Love is just a word to say

We are so far from knowing
I feel so far
All my life I've been running
From these things that I've never done
All my life I've been running
From the things that I've never done
Still a fighter keeps the dream alive
If I wasn't this close to heaven
I'd be letting down a sigh

Lord knows I'll find a way
Through the sleepless city's weary face
Holding you

Do you feel love is just a word I say sometimes
Do you feel love is just a word I say
For I feel so far from knowing
I feel so far from knowing
I feel so far from knowing
I feel so far

All my life I've been running
From these things that I've never done
All my life I've been running
To keep me from home

Do álbum Can't Go Back (2012)

25.9.12

Ode à amizade sobre música de Suzanne Vega



No tempo em que ainda conseguia decorar letras de canções, tarefa à qual me dedicava com denodado investimento, os discos de Suzanne Vega eram um manancial eleito de belos textos, com a dose certa de enigma. As melodias intimistas, envoltas na delicadeza de uma voz de garota, eram menos óbvias do que o que se consumia na altura, nomeadamente o rock grupal e os hinos de afirmação "rebelde" (grande bocejo) de que estavam o States e o Moçambique cheios – ainda havia aqueloutro, como é que se chamava?... Transbordaram dos seventies e estacionaram em Coimbra no início dos anos 90, algures entre a Rua do Brasil e o Bairro Norton de Matos. Eu, como morava no Penedo da Saudade, epicentro da sobranceria burguesa, estava condenado à exclusão.

I wanted to see how it would feel
To be that sleek
And instead I find this hunger's
Made me weak


No pequeno reduto que formámos quando percebemos, que, na realidade, só nos tínhamos a nós os três, a Rita e eu elegemos a Suzanne Vega como musa. Aquele maravilhoso primeiro disco que falava suavemente à nossa sensibilidade riscada de adolescentes. Deslocados na família e na rua - e, por vezes, contrastando belicosamente com a aura de adequação realizada da Ana - mas muito, muito pouco práticos.

Today I am
A small blue thing
Made of china
Made of glass


Tudo sem grandes estardalhaços. Éramos pouco práticos mas não estúpidos e, acima de tudo, partilhávamos um sentido de humor que nos mantinha ao abrigo de alguns lugares-comuns. E de algum sofrimento. Enfim, líricos e ociosos, selando o nosso pacto com as letras de Suzanne Vega. “Marlene on the Wall”. “The Queen and the Soldier”. “Small Blue Thing”. “Cracking” e “Undertow”. E também o “Some Small Hope”, da Virginia Astley, para dias mais cinzentos. Estes foram os nossos hinos ao longo dos tempos e, em certa medida, são-no ainda hoje.

But the only one here now is me
I'm fighting things I cannot see
I think it's called my destiny
That I am changing


Tenho saudades desses tempos, de nós os três, de um certo espaço que não gosto especialmente de revisitar, mas que, mais que especial, foi determinante para tudo o resto. Para o que conseguimos. Para o que não conseguimos. Para, finalmente, sabermos o que queremos.

It's a one time thing
It just happens a lot
Walk with me and we will see
What we have got


(…)

The sun is blinding
Dizzy golden, dancing green
Through the park in the afternoon 

Wondering where the hell I have been?

24.8.12

Cem Soldos em cheio


Num pequeno reduto onde o espírito comunitário e o esforço colaborativo se manifestam com uma naturalidade que reacende a esperança (a aldeia de Cem Soldos, às portas de Tomar), monta-se bienalmente uma festa que tem muito mais para oferecer do que a (boa) música que por lá passa - o festival BONS SONS. Tem o investimento activo da população, a diversidade dos visitantes, as propostas culturais paralelas e as causas que o motivam, parte delas profundamente investidas na comunidade. E tem uma atmosfera de ruralidade com brio, que se preza a si mesma e se dá aos outros com igual estima. Que o festival continue por muitos e bons anos a caminhar autonomamente e com o mesmo entusiasmo. É um exemplo raro de dedicação, rigor organizativo e capacidade mobilizadora. Ou então foi de qualquer cena marada que bebi.

17.7.12

Reality is a curse


 


Those of us who are lost and low
I know how you feel
I know it's not right
But it's real

"Don't Ask Me Why", Laura Marling (A Creature I Don't Know, 2012)

5.4.12

Hungry like the Wolfe






Henry Wolfe, a.k.a. Henry Gummer, fez parte de uma banda chamada Bravo Silva e lançou um primeiro álbum a solo, em 2011, intitulado Linda Vista. Por acaso pensava que Wolfe, um trovador moderno com a convicção de tempos passados, gostava de associar palavras portuguesas de forma mais ou menos aleatória. Ao humor presumivelmente intencional de Bravo Silva sucede a linda vista que, na verdade, até é o nome de uma localidade na Califórnia. Há ecos longínquos de Sam Shepard na música de Wolfe ("If you're thinking of leaving, you're already gone", em "Third Act"), como há do Paris-Texas de Wenders (uma parceria com Ry Cooder faria sentido) e do imaginário de Edward Hopper (veja-se a capa do disco). Mas o universo de Wolfe é bem mais urbano e menos lânguido e introspectivo que o de Shepard, pelo menos para já. O pessimismo, a solidão e o humor, envoltos numa ténue neblina onde se pressente o sol, dão o mote aos acordes simples e a um sentimento límpido, como se ouve pouco nos dias que correm. Henry Wolfe poderá estar ainda à procura de um caminho inteiramente seu, mas o início é já bastante sólido. 

10.3.12

"Préface"


Nous vivons une époque épique et nous n'avons plus rien d'épique
La musique se vend comme le savon à barbe.
Pour que le désespoir même se vende il ne reste qu'à en trouver la formule.
Tout est prêt :
Les capitaux
La publicité
La clientèle
Qui donc inventera le désespoir ?

Avec nos avions qui dament le pion au soleil,
Avec nos magnétophones qui se souviennent de "ces voix qui se sont tues",
Avec nos âmes en rade au milieu des rues,
Nous sommes au bord du vide,
Ficelés dans nos paquets de viande,
A regarder passer les révolutions

N'oubliez jamais que ce qu'il y a d'encombrant dans la Morale,
C'est que c'est toujours la Morale des autres.

Léo Férré, 1956

25.11.11

OK, chega!


Já se percebeu. Felizmente não foi o corridinho a ser seleccionado. Mas tirai a cabeça da taberna, do salão na Lapa ou debaixo das saias de Amália. Deixai de menear a anca e de mandar a cabeça para trás como se a goela fosse fugir. Já se viu que está para ficar, e a fatalidade aprecia uma boa banda sonora. Mas, não, nem todos cantam bem. Cessai de invocar o santo nome do talento em vão, porque nem toda a alfacinha castiça tem ouvido e o resto. Soltar a Argentina Santos no mundo pode ser interessante do ponto de vista sociológico, mas musicalmente são uns 6 graus na escala de Richter. De estragos. Deixem o Camané cantar, tudo bem, mas não o deixem dizer "é extraordinário" mais do que 12 vezes por entrevista. E a malta curte o fado, mas há vida para além do lamento. Acho eu...

7.11.11

Saudade do velho Daho

 Um convite a recusar.

Há muito que não sabia de Etienne Daho, cantor francês que marcou a minha juventude, sobretudo com os álbuns Paris Ailleurs (de onde saíu o clássico "Saudade") e Éden. Desde Corps & Armes, de 2000, que comprei e me desiludiu. Não, desde Réévolution que, hum, pedi emprestado à net e não me ficou na memória. Havia boas razões para isso. Por curiosidade desencantei o último disco de originais de Daho, L'Invitation, que já data de 2007, e raras vezes terei ouvido um disco tão tremendamente chato por parte de alguém cuja música apreciava. Foram-se as ideias, o sentido melódico, a emoção, até a entoação característica que antes encantava agora é um murmúrio enfadonho em 50 minutos de agonia criativa. O disco foi platina em França. Mas os franceses comem queijo com bolor e acham um pitéu. Talvez por isso.

20.10.11

Isto & aquilo



Lior featuring Sia, "I'll Forget You"

19.10.11

Propaganda e nostalgia

 
Motor - power 
forks - motion 
drive - motor 
forks - motion 
drive - motor 
forks - motion 
drive - power 
forks - motion 
drive - propaganda 

On joyless lanes we walk in lines
a calm but steady flow.
Accompanied by loud commands
our strength is running low.

Another hope feeds another dream

another truth installed by the machine.
A secret wish
the marrying of lies

today comes true what common sense denies.

Rotating wheels are destiny
in flame the city lies.

Machines call out for followers far out into the night.
The calls of the machines drowning in the steam.
Another hope feeds another dream

another truth installed by the machine.
A secret wish
the marrying of lies

today comes true what common sense denies.

The calls of the machines drowning in the steam.
On joyless lanes we walk in lines
a calm but steady flow.
Our strength is running low.
Another hope - another dream - another truth -
installed by the machine - installed by the machine.
Propaganda, "P-Machinery", 1985

25.9.11

Isto & Aquilo



Sunstorm, Zo! (HBD, 2010)

21.9.11

I gotta feeling (this shit is about to go)

Acho que isto resume elegantemente a ideia.

De acordo com os editores do site de “música ligeira” Popjustice, estas são as frases que deviam ser erradicadas de futuras canções da Rihanna:

1.    In the club
2.    In the air
3.    At the bar
4.    On the bar
5.    On the floor
6.    Up on me
7.    Up on the floor
8.    Tell the DJ
9.    I know you like it
10.    You know I like it
11.    Oh oh oh oh oh oh
12.    Yeah yeah yeah yeah yeah yeah
13.    Go o o o o o
14.    Turn me on
15.    Turn it up
16.    Pump it up
17.    Pump it more
18.    Feel the beat
19.    Bad boy
20.    Bad girl

Parece-me a mim que teria de se eliminar este fraseado de 99% da actual música popular dita “negra” de proveniência duvidosa, normalmente anglo-saxónica. Acontecendo isso, todo o soul e hip hop manhosos, em particular com o dedo untuoso de Will.I.Am, assim como todo o europop da fábrica de acrílicos Guetta & Cia. deixariam de ter razão de existir. Se os tentáculos da chungaria mercenária libertassem os estúdios, poderíamos voltar a ter um pouco de soul, de pop e, quem sabe, até de funk, sem cornetas sintéticas (a.k.a. autotune) por todo o lado. Talvez diminuisse, até, o número de fenómenos de popularidade embalados a vácuo no crânio de teenagers de todo o mundo. Por entre o lixo encontram-se algumas batidas com piada e uma nuances inovadoras, mas a imbecilização de textos e música massificou-se de tal forma que o mainstream da música urbana se transformou num aterro sanitário. Quando já ninguém aguentar o cheiro, parece-me que haverá, forçosamente, um regresso às raizes, aproveitando apenas o elemento criativo da tecnologia. Afinal, até quando se consegue processar ao quilo no Logic Pro as mesmas 20 frases?

22.7.11

Isto & Aquilo


Over and Over, Erin Bode (Max Jazz, 2006)



"Over and over conversations play
every word i say is strong i know
going gone and out of sight are all the same
and you fought, and fought i know

say it's a good time to let it go
in the middle of the night when the lights are low
wait, there's a calm in the bitter cold
in the middle of the nights when the lights are low

we'll have time to wine and dine another day
we can spend all of our money
every single sign look the other way
is it gone?  is it out of sight?

over and over conversations play
in your humble way, in your mind
going gone and out of sight is yesterday
and you want to pray for your life

say, it's a good time to let it go
in the middle of the night when lights are low
wait, there's a calm in the bitter cold
in the middle of the night when the lights are low

over and over almost every day
things you didn't see wont let you go
maybe next time you can find a better way
when it's cold, it's cold, i know

say, it's a good time to let it go
in the middle of the night when the lights are low
wait, there's a calm in the bitter cold
in the middle of the night when the lights are low
in the middle of the night when the lights are low
in the middle of the night when the lights are low"

29.6.11

"I love you, your music is fucking brilliant."


"One person I would like to say hello to is Kate Bush - I love you, your music is fucking brilliant. You know what, Kate we are worthy! That's enough from me. Now let's get pissed."

Johnny Rotten, Q Awards, Outubro 2001 

Kate Bush é um génio. Ou talvez tenha sido, não sei bem. O certo é que aquilo que fez é suficiente para lhe garantir lugar cativo no olimpo criativo e ainda vir cá abaixo ensinar um par de coisas às futuras gerações. Enfim, não sou eu que o digo, é Prince. E Robert Smith. E Maxwell. E Tori Amos. E Rufus Wainwrigth que, como é uma flor de angorá lilás, a elegeu como ícone gay. Caraças, até Johnny Rotten faz uma vénia (à Johnny Rotten) a Kate Bush. Mas a diva está talvez demasiado alienada, mais obsessiva do que inspirada, mais matrona que sensual. A viver reclusa numa quinta onde o tempo se mede em Kate-unidades, dedicada à barrela e aos trabalhos de casa do puto, com a doce mordomia que os royalties lhe proporcionam, Kate ocupa os tempos livres a revisitar algum do seu reportório, com um copo de bom tinto na mão e a ocasional cigarrilha por companheira. Liga a uns amigos, que vão regravar as pistas ao estúdio privado, perdido na mata, e manipula-as com o requinte e a languidez de uma senhora autora. Ouvir o resultado deste torpor privilegiado é como observar o fogo-fátuo emanado de um corpo. É intenso, impressiona, mas biologicamente não deixa de ser um cadáver que se decompõe. Já foram músicas com um espírito, únicas e determinantes. A sua intenção ficou vincada, o seu efeito é perene. Mas Kate, por insatisfação ou tédio, ou, diz-se, necessidade de reafirmar a sua posição à beira do lançamento de um novo álbum (não acredito, Aerial data de 2005 e levou 12 anos a ser gerado), levou-as à faca e deu-lhes, invariavelmente, a face de um tempo que já pesa e de uma identidade que enrouquece. A beleza das canções só se percebe porque elas já existiram. E existem. Esta reciclagem pesarosa será sempre uma obra de qualidade, mas só é relevante porque falamos de Kate Bush. Porque ela deu ao mundo Hounds of Love. Porque foi pioneira em quase tudo. Porque nunca obedeceu senão à sua própria visceralidade. Porque criou e foi viver num imaginário absolutamente original. Por isso é que eu sinto falta do génio que Director’s Cut, de certeza, não nos devolve.

P.S. E como o tempo ridiculariza todas as opiniões e sabichices, a minha avaliação de Aerial, em 2005, é tonta em quase tudo e em particular no que respeita à beleza dos textos. Só depois de algumas audições, menos ressentimento e maior investimento, percebi, pois com certeza, que um génio nem sempre se consegue fazer entender por idiotas opinativos. Talvez daqui a uns anos a minha opinião sobre Director's Cut mude. Oxalá.

12.5.10

Um sentido adeus

Tim Minchin - Pope Song from Fraser Davidson on Vimeo.


Visto aqui (obrigado, Mono, still waiting for that call, e desculpa lá o ripanço), saído da mente desvairada deste gajo.

12.3.10

"I Am a Town"



My porches sag and lean with old black men and children

Their sleep is filled with dreams, I never can fulfill them
I am a town.

I am a church beside the highway where the ditches never drain
I'm a Baptist like my daddy, and Jesus knows my name
I am memory and stillness, I am lonely in old age

I am not your destination
I am clinging to my ways
I am a town.



No outro dia ouvi esta música da Mary Chapin Carpenter, que é um daqueles nomes de referência da música country, um género que não aprecio. Comprei o disco há muitos anos por causa de uma canção em particular e porque as letras são muito boas. Não lhe redescobri grande interesse musical, mas a qualidade da escrita continua a impressionar-me, em particular a de "I Am a Town", uma ode descarnada à américa sulista, rural e isolada, no que ela poderá ter de poético, não na acepção tipicamente "redneckiana". Também há filmes que retratam muito bem um misto de miséria espiritual e redenção que parece emanar destas paisagens, dois deles realizados por Peter Bogdanovich, The Last Picture Show e Texasville. Em ambos participa Jeff Bridges, cujo talento foi recentemente (e finalmente) consagrado pelos inefáveis Oscars. Na verdade, o segundo é uma espécie de sequela do primeiro, e claramente inferior visto isoladamente, mas ainda assim um documento interessante e uma das grandes interpretações esquecidas de Bridges. As outras, a meu ver, e dignas de incluir numa filmografia seleccionada são: "Tucker - Um Homem e o Seu Sonho" (Tucker - The Man and His Dream), de Francis Ford Coppola; "Coração Americano" (American Heart), de Martin Bell; "Sem Medo de Viver" (Fearless), de Peter Weir; "Escola de Homens" (White Squall), de Ridley Scott; "A Porta no Chão" (The Door in the Floor), de Tod Williams. E Jeff Bridges é não só um tremendo actor como também um celebrado fotógrafo. A imagem escolhida é um instantâneo tirado pelo próprio durante a rodagem de Texasville.

5.2.10

Shirle abala o cinismo

Naquilo que se poderá explicar apenas como uma bichice catártica, hoje senti um arrepio ao ouvir uma música cantada por Shirley Bassey. Perdão, Dame Shirley Bassey. A canção em causa está incluída no último disco de originais deste clássico camp britânico. Alguns dirão que é mais que isso, reconheço o meu desconhecimento da obra da senhora, mas, para mim, Bassey será sempre plumas, lantejoulas, James Bond, notas altas e prolongadas (o que no showbiz anglo-saxónico é conhecido por "belting"), e uma música com os Propellerheads algures nos anos nineties. Não sei por que raio esta melodia, cantada com uma contenção inesperada, me tocou, mas não é algo que aconteça já com muita frequência. Com música e com filmes. Não ajudou ao embaraço saber que "This Time", o tema em causa, é assinado por Gary Barlow, mas minimiza o estrago constatar que este trabalho foi bem recebido pela crítica, e que entre os colaboradores de The Performance, o álbum, se contam Tom Baxter e Rufus Wainwright. Qual Gloria Gaynor renascida e sem patins, a Dama entoa:

"Left a lot of courage behind
That I won't be needing this time

'Cause I can be true
I can be one,
I can be strong."

Ai, Shirle. Comovestes-me.

Arquivo do blogue