Naquilo que se poderá explicar apenas como uma bichice catártica, hoje senti um arrepio ao ouvir uma música cantada por Shirley Bassey. Perdão, Dame Shirley Bassey. A canção em causa está incluída no último disco de originais deste clássico camp britânico. Alguns dirão que é mais que isso, reconheço o meu desconhecimento da obra da senhora, mas, para mim, Bassey será sempre plumas, lantejoulas, James Bond, notas altas e prolongadas (o que no showbiz anglo-saxónico é conhecido por "belting"), e uma música com os Propellerheads algures nos anos nineties. Não sei por que raio esta melodia, cantada com uma contenção inesperada, me tocou, mas não é algo que aconteça já com muita frequência. Com música e com filmes. Não ajudou ao embaraço saber que "This Time", o tema em causa, é assinado por Gary Barlow, mas minimiza o estrago constatar que este trabalho foi bem recebido pela crítica, e que entre os colaboradores de The Performance, o álbum, se contam Tom Baxter e Rufus Wainwright. Qual Gloria Gaynor renascida e sem patins, a Dama entoa:
"Left a lot of courage behind
That I won't be needing this time
'Cause I can be true
I can be one, I can be strong."
Ai, Shirle. Comovestes-me.
5.2.10
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