Quem és tu quando e onde me olhas? Quem sou eu quando te dou tempo para parares em mim o teu olhar? Como iremos usar os minutos preciosos que o nosso encontro durou? Será que essa mão estendida me quer realmente acolher? Porque não me deixas agora partir? O corpo, no qual ainda hoje nos recolhemos, é a dobradiça da porta que se abre e fecha, o ponto onde cruzamos o dentro e o fora, aquilo que vemos e sentimos. É esse, e apenas esse, o território do encontro.
(Textos assinados pelo coreógrafo Rui Horta, incluídos no programa de Scope)
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