12.10.09

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Não costumo ser dado a estas coisas, mas estou relleno de orgulho. Dois ateliers com os quais trabalho receberam prémios e menções nacionais e internacionais. Um amigo, com quem colaboro episodicamente, está a produzir uma exposição fotográfica de grande interesse e apresta-se a trazer cá ao burgo outra não menos interessante. Este é o lado irracional da vaidade, como o estímulo imediato ao ouvir alguém tratar-nos por “dr.” depois de sairmos da faculdade. Uma coisa tão fortemente idiota quanto inegavelmente cultural. Logo nos apercebemos do ridículo e chamamos a pessoa à razão, mas há ali um não sei quê de validação a que sempre aspirámos. Não existiu qualquer intervenção minha nestes trabalhos, e não é o valor (mais ou menos) subjectivo das distinções que me deslumbra. Acho que, pela primeira vez, é a realização dos outros que me faz sentir mais completo. É o orgulho de os conhecer, de confiarem em mim e, mais importante do que isso, de com eles privar. Assistir ao reconhecimento de pessoas cujo trabalho marca a diferença, na postura e na execução, é um excelente tónico para uma realidade enfermiça. Por isso, malta, vos tiro o chapéu.

2 comentários:

Alex disse...

Tiras o teu chapéu e eu enfio o barrete. Bem hajas.
Que muitos e bons trabalhos se sigam e em colaboração.

João disse...

Amen to that.

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