13.4.07
iQuesucesso
A Apple anunciou esta semana que vendeu o seu centésimo milionésimo iPod. Um feito para a empresa de Steve Jobs. Desde que introduziu o aparelho em 2001, a Apple desenvolveu mais de 10 novos modelos, mantendo o essencial do design original, sem largar a revolucionária scroll wheel. Mais tarde, e instituído este leitor de mp3 como um “fashion accessory” e símbolo privilegiado de uma certa forma de estar, democratizariam o conceito, criando os irmãos menores Mini, Nano e Shuffle. A projecção deste aparelho é equivalente, se não superior, à do leitor de cassetes Walkman, da Sony, lançado em 1979. Para além do impacto sociológico e cultural que já pode ser rastreado (100 milhões de unidades!), o iPod deu origem a uma multiplicidade de negócios colaterais que dele se alimentam exclusivamente: mais de 4.000 acessórios, desde estojos, meias e luvinhas, passando por adaptadores de rádio e conectores wireless, até aos mais sofisticados sistemas de home sound. Grande parte dos automóveis topo de gama lançados em 2007 incluem conectividade iPod de série. A iTunes Store vendeu mais de 2,5 biliões de músicas, 50 milhões de séries de TV e 1,5 milhões de filmes (uma parte deste items pertencente ao seu próprio catálogo), transformando-se no mais bem sucedido negócio de media digital online. O sucesso do iPod despertou uma concorrência feroz por parte de marcas como a Samsung, a Sony, a Creative e do gigante do software, a Microsoft, com o Zune, introduzido no mercado em Novembro do ano passado. Nenhuma delas fez sombra ao líder de mercado. O Apple iPhone, recentemente lançado, combina as funcionalidades do iPod (que pelo caminho foi incluindo foto e vídeo) com as de um telemóvel. E mesmo que as vendas iniciais não indiciem o mesmo nível de sucesso, este objecto aspiracional só contribuirá para reafirmar ainda mais a primazia do iPod no imaginário colectivo.
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