6.5.11

Epitáfio para um país (ou ode ao FMI)

Após sucessivos roubos em família, descarados  e orgulhosos, face à escassez de bens procedeu-se a uma pilhagem silenciosa da dignidade remanescente, sob olhares submissos, obnubilados e indecisamente penitentes. A comunidade, fracturada pelo peso da sua modorra, pobre e à deriva, despareceu nas águas passadas do Atlântico, embarcada numa débil balsa feita de fado e recordações. 
Imperaram os porteiros impiedosos do intocável capital, que se estavam bem a cagar para Portugal.
Ilustração: James Yang

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