2.5.11

I need an aspirina

 ... E o Pai Natal e o Capuchinho, onde é que 'tão?

A 5ª das “10 Estratégias de Manipulação Mediática”, compiladas por Noam Chomsky, reza o seguinte:

“ADDRESSING THE PUBLIC AS YOUNGER CHILDREN.

Most of the advertising directed at the general public uses discourse, arguments, characters, and particularly children's intonation, often close to the weakness, as if the viewer were a very young child or a mentally impaired. The more you get bringing mislead the viewer, the more it tends to adopt an infantile tone. Why? If you address a person as if she had the age of 12 years or less, then, due to suggestibility, it will tend, with some probability, a response or reaction also lacks a critical sense as of a person 12 years or younger."

Desta forma se poderia caracterizar 98% da publicidade actual, mas no caso dos bancos a velha táctica da imbecilização atingiu um patamar difícil de superar com as campanhas do Santander Totta. Qual Montepio a atirar pessoas do alto de edifícios, numa adequada metáfora do que acontece a quem confia em entidades bancárias. Qual Millennium e a sua corte de patetas com sorriso encandeante e ingenuidade hiperexcitada. Qual Catarina Furtado num warp espácio-temporal da CGD onde nada faz sentido, a começar pelo guião… Ná. Depois de turbas tresloucadas a saltar no meio de rochedos e a deitar fora moedas de euro, ao som da malha mais fatela das últimas duas décadas, o Santader quer espremer a carteira do inocente cidadão sob ameaça de o enlouquecer violentamente. É que a gaja não se limita a espernear ad nauseam “I need a Zero”, bela reinvenção do hino imortal de Bonnie Tyler, rainha do épico da tripa e Miss Bifa Portimão 1983. Não, aquela coisa alapa-se ao inconsciente e martela-nos na alma até os suores frios e o delírio nos fazerem abrir conta e subscrever 26 serviços.
Estas campanhas, com as suas coloridas e debilóides declinações, fazem da publicidade à Evax uma demonstração de maturidade e clareza, dos anúncios do Pingo Doce um exemplo de contenção, daquelas coisas da Meo um… Bom… da Meo talvez não.
Obrigado, V., pelo pretexto.

Sem comentários:

Arquivo do blogue