24.4.08

Paixoneta



Aquela lua responsável por um simulacro romanesco já não estava lá. Dois dias seguidos a pressentir salteadores ao virar da esquina, coches em corrida desenfreada, gritos mudos de damas de branco, sobressaltos com história e arremedos de paixão desabitada. Uma alma triste à beira de uma fonte espectral... Triste, sim, mas forte e identificada. Que bem me ficaram a Rua do Salitre e o folclore assanhado. Hoje, mais nada. Só um ar turvo. Por onde anda agora a lua que derrubou a frieza dos locais que não nos reconhecem, dos passos repetidos vezes sem conta, dos dias...

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