Não tenho tempo para me coçar. Bom, não tenho tempo para dormir. Esta coisa está a sair-me do pêlo e nem sei se vale o esforço. Vale, sim, claro, é um teste à endurance humorística. À endurance, ponto. Os textos estão a ser produzidos em circunstâncias tensas e quase sempre muito limitadas. Apercebermo-nos de que as limitações fomos nós que as criámos põe a adrenalina a correr, com o pânico de não sermos capazes ou com a ânsia de mostrar o que valemos. Tem sido interessante contrapor ideias (feitas) sobre o humor, cruzar referências e tentar trabalhar em equipa. O momento mais interessante talvez tenha sido um pas de deux, com um sketch praticamente improvisado, na 2ª aula do Nuno Costa Santos. Ver muita coisa, documentar muita coisa, pensar, pensar depressa, rabiscar, executar, remexer, deitar abaixo, reanimar. Gosto especialmente do processo, embora comece a afeiçoar-me ao resultado final, que é bem mais depurado do que aquilo que costumo escrever. Se consigo enquadrar isto num colectivo e obedecer às muitas regras que nos acabarão por ser impostas, permanecerá uma incógnita para a qual, muito francamente, nem procuro resposta (para já).
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