"O tipo sanguíneo O é o mais antigo e o mais básico tipo de sangue sobrevivente da cadeia alimentar, com um forte e agressivo sistema imunológico. As pessoas de sangue tipo O têm memória genética de autoconfiança, autopreservação, concentração, energia, força, intuição, ousadia, poder, resistência e otimismo. O sangue tipo O é carnívoro, pois os alimentos de origem animal aceleram o ritmo de seu metabolismo, aumentando a eficiência. A carne é o combustível e o organismo tem alto nível de acidez no estômago. Quem tem esse tipo de sangue perde peso pela restrição de consumo de couve de Bruxelas, couve-flor, feijões, folhas de mostarda, grãos, etc."
Pelos vistos não bastam a astrologia, a cartomancia, a apantomacia, a geomancia, a uromancia (sim, essa uromancia), a nominomancia, as pevides da melancia, pelo grau de plausabilidade e por causa do sufixo, o polvo e o FMI para adivinharem o futuro e colocarem uma cruzinha certeira nas nossas caixinhas existenciais. Há um elemento-chave na descodificação oracular da matéria humana: o sangue. O tipo sanguíneo determina o nosso carácter e prediz o nosso percurso com a mesma acuidade de um molho de tripa de peixe, mas sem odorama. Tendo em conta o que li neste site brasileiro sobre a qualidade do meu sangue, esta será indubitavelmente a Natália de Andrade das artes divinatórias.
Ora bem, não me basta saber que não vou poder continuar a empanturrar-me com couve de Bruxelas e couve-flor, nem lambuzar-me em churrascadas de folha de mostarda, que ainda levo com um remate encorajador:
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O Goebbels não estava disponível?
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