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O pior melhor filme que vi em muito tempo. Ainda agora tenho sentimentos divididos: deveria a realidade ficar escondida? Terá ido Michael Haneke longe demais nos seus intentos? E seriam esses intentos desprovidos de uma segunda intenção, sádica e sensacionalista? Quero pensar que não, pela contenção formal, pelo distanciamento clínico, pela precisão milimétrica da narrativa e pelo objectivo, muito claro, de olhar a maldade de frente e sem condescendências. E ao mesmo tempo, no final, paira a ideia de que este pessimismo o agoniza, de que toda esta frieza esconde uma profunda revolta. Ou serei eu? Afinal, este foi o gajo que fez Funny Games...
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