12.4.12
A sardinhada do costume
A sardinha que venceu o concurso da CML para as Festas de Lisboa 2012 é gira. No meu pouco modesto entender havia propostas melhores entre as finalistas, num total de 3.526 entradas, mas a escolha recaiu nesta. Os autores são colaboradores da Brandia. E parece que do júri faz parte um responsável da Brandia. Enorme e subjectiva coincidência ou não, as reacções adversas são despiciendas, porque a viola devia estar no saco antes mesmo de a coisa começar. É um concurso de sardinhas da Câmara com desfile de popularidade no Facebook. Se neste país já muito pouca coisa tem significado, o que dizer de uma iniciativa que junta sardinhas e Facebook. A peça em causa até poderia ser a mais formosa, a mais inventiva e a mais ofuscante, aclamada universalmente pelas massas em delírio. Nestas circunstâncias, o aroma acre da desconfiança ficaria sempre no ar. Uma vez que não é (consigo, de repente, lembrar-me facciosamente de duas ou três que mereceriam a distinção), dão-se razões de borla a quem as quiser apanhar.
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