28.11.11
A graça da menina
A menina, devo dizer-lhe, é uma grande puta. E não fosse a miséria de execução gráfica, a imbecilidade conceptual e a mais que provável escumalha que toma por companhia, teria pena ao vê-la baixar as calcinhas em público e a oferecer-se por tão pouco. Mas sendo assim, digo-lhe apenas para fazer um rolo bem espesso e volumoso com o seu estágio não-remunerado, cubrindo-o com uma camada de sentido de humor rugoso e outra desse grosso oportunismo, claramente tão ao seu gosto. De seguida, introduza-o bem profundamente no degredo da sua existência. Uma pequena satisfação para uma vida, decerto, breve.
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