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4 comentários:
"A Vida Íntima de Salazar" peca, à partida, pelo mais elementar miscast, na escolha de Diogo Morgado para interpretar Salazar. Rocco Sifreddi teria sido melhor: se era para fazer de piçalhudo à séria...
Em
O Publico / 10 Fev 2009
Crónica: Ainda Ontem
Por: Miguel Esteves Cardoso
SALAZAR ERA FIXE
O revisionismo - o processo pelo qual se põe em causa aquilo que se dava por certinho -é um dos maiores sinais de saúde de uma democracia.
Folgo em ver que Salazar - o velho estupor que há pouco tempo foi eleito o mais sexy de todas as figuras históricas portuguesas - já entrou no carrossel. Na SIC já se revelou que afinal não caiu da cadeira. Foi na banheira. Lá se foram as metáforas todas da cadeira - ou mesmo da tripeça - do poder.
Faz sentido. As casa de banho são autênticos matadouros. Os acidentes de viação são um pingo de duche comparados com os perigos escorregadios duma casa de banho.Ou das casas em geral. As nossas casas, pode dizer-se, são um meio de controlo populacional que não desejaríamos às ratazanas do Convento de Mafra.
Salazar afinal era um galã das dúzias - não havia estrangeira ou doméstica que lhe escapasse. Entre amigos - há-de saber-se - não só não era nada facho, como tinha simpatia pelos sistemas políticos dos países escandinavos. Ria-se muito e, pela calada, viajava de jacto pelo mundo inteiro, onde amealhava conquistas e manjavaa conquilhas com um à-vontade que fariam James Bond parecer um matarruano.
A minha esperança secreta é que se venha a descobrir que Salazar, muito antes de Tim Berners-Lee, foi um dos pioneiros da Internet. Não fosse a PIDE ter abafado o primeiro site dele: o Vacanças e Vacarronas.com.
Assim espero. Não há-de faltar muito.
Os autores da série sobre a "intimidade" de Salazar passaram ao lado de fazer uma ficção arriscada, mas interessante sobre o autoritarismo, a solidão do poder, o retrato de um homem devotado inteiramente ao Dever e à Nação. Descartaram estes e qualquer outro tema sério, transformando a figura de Salazar num títere patético, movido apenas por uma volúpia com nada de credível, num retrato de época que raia o analfabetismo. E uma suposta "consultora histórica" ainda defende esta farsa !
Vejam neste link para artigo interessante publicado no Diário de Notícias (Crítica à ficção da SIC
"A vida privada de Salazar"):
http://dn.sapo.pt/2009/02/10/media/historiadora_arrasa_serie_sobre_sala.html
Salazar, aos comandos da sua nave espacial, Bazooka, aterra na testa iluminada de Helena Matos.
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