9.2.09
Valha-nos Deus, a pátria, a família e quem mais houver
"O Salazar era um homem do car****, vistes, eu sempre disse! O que nos faz falta hoje é um par de tomates daqueles. Ia já tudo raso! Até o leão do Marquês ficava de quatro!"
Por todo esse Portugal muita gente encontrará, nestes tempos de incerteza, um reforço da fé e da esperança na ideia de um António Oliveira esbelto e libidinoso, rodeado de pulposas mulheres, prostradas as seus pés pelo carisma intenso, pela voz segura e varonil, pela retórica insubmissa, pelo seu incomparável, hum, instrumento do amor. Salazar era, afinal, um falocrata incorrigível, e quando se pensava que só tinha fod*** regiamente o país, eis que da Júlia Perestrelo à Dª Maria de Jesus, passando pela Soraia Chaves, o senhor não conheceu descanso. Confira-se, no testemunho acima reproduzido, o homem, o mito, o galã.
E só nos podemos perguntar, incredulamente, e pela enésima vez: como é que tudo isto aconteceu? E como é possível que ainda aconteça?
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