4.2.08

Out of focus



Por onde começar? Logo no início da edição nº428 da inefável revista Focus podem ler-se dislates para todos os gostos. Para quem não saiba - e, francamente, ao adquirir a Focus é porque não quer saber - Julia Roberts "vai receber" um salário cujo valor só ela, o agente, os advogados, o Estúdio e as finanças norte-americanas conhecem, mas que a intrépida publicação garante ser de 25 milhões de dólares. Serve este rigor para publicitar a participação futura da actriz num filme que, à data de saída desta edição, se encontrava há pelo menos duas semanas em cartaz nas salas nacionais. A prosa, essa, é redonda e aperaltada: ele é o "dourado estrelato de Hollywood", ele é fazer concordar "tempos" com "abandonados", ele é a "pausa da maternidade", que foi ali e já voltou... E não, não me esqueci desta pérola: Roberts, sabe-se agora, foi a "protagonista" de Tess. Algo digno de pôr Thomas Hardy a contorcer-se no além. Digam-nos lá como é que se confunde a menina Julia com miss Kinski... Curiosamente, um dado que parece declaradamente disparatado é talvez o único que se afigura verdadeiro: Mike Nichols é de origem alemã. Se a Focus, no 428º atentado à inteligência, diz tanta asneira em tão pouco e trivial espaço, o que não dirá na informação que realmente importa... "Rápido, preciso e directo ao assunto" faz-me lembrar aquele outro adágio: "Rápido, bom e barato". Para Portugal não está nada mal.

2 comentários:

Mono disse...

Ridicule... E o Polansky, o Mike Nichols, não?

João disse...

Hein?...

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