21.9.11

"Um país que importa tudo mas não se importa com nada." (*)


"O português assimila de preferência todas as variedades de importação e em
descrédito das próprias maravilhas regionalistas; o comércio e a indústria têm
quase sempre de se mascararem de estrangeiros para serem eficazmente
rendosos. É porque todas essas variedades da importação cumprem mais
exactamente as exigências dos mercados do que os nossos comércios e
indústrias regionalistas. Estas não satisfazem nem as necessidades nem as
transformações sucessivas das sociedades, enquanto que a importação aparece
sempre como uma surpresa e, sobretudo, obedecendo a todas as condições do
que é útil, prático, actual e necessário. De modo que nem chega a haver luta – a
importação entra logo com o rótulo de vitória."

In "Ultimatum Futurista", Almada Negreiros, 1917

Ilustração: André Carrilho

(*) Nas palavras sábias do meu colega Pedro B.

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