13.9.07

Javier, o Bardo


Javier Bardem está em grande. Com uma carreira internacional a solidificar-se mais à custa do seu talento e profissionalismo do que de êxitos de bilheteira, o actor impõe um carisma único no panorama cinematográfico actual e institui-se como a primeira grande estrela espanhola pós-Banderas, em versão mais versátil e sofisticada. Sem o epíteto infeliz de latin lover, Bardem é já, na mente de muitos produtores e realizadores, uma escolha natural para protagonista, e não exclusivamente "latino", como se verá em No Country For Old Men, dos irmãos Coen. "Os Fantasmas de Goya", de Milos Forman, está actualmente em exibição entre nós, mas caiu no limbo das grandes distribuidoras e quase ninguém o viu. O mesmo não deverá acontecer com a fita dos Coen, "O Amor Em Tempo de Cólera", de Mike Newell - candidato, desde já, ao pior cartaz da década -, o último e ainda intitulado filme de Woody Allen e, acima de todos, a adaptação do musical Nine, que, na Broadway, foi sintomaticamente protagonizado por... Banderas. O realizador Rob Marshall convidou Bardem para cantar e dançar as desventuras de "Guido Contini", ao lado da sua compatriota Penélope Cruz, da francesa Marion Cotillard, da galesa Catherine Zeta-Jones e da italiana Sophia Loren. O que, apesar de tudo, se olharmos bem para a cara de Javier, não deixa de ser uma surpresa.

Sem comentários:

Arquivo do blogue