Mostrar mensagens com a etiqueta Auto. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta Auto. Mostrar todas as mensagens

4.3.13

O Brutalismo jugoslavo, parte II

Os automóveis Yugo e Zastava, produzidos na ex-Jugoslávia, incluindo este inimitável monolito. Ou como se podem desenhar automóveis na pedra.










19.4.12

Uma história do carochinha


Em 1998 a Vokswagen lançou o impossivelmente redondo Beetle de nova geração, um carro tão moderno, antes de todos os carros modernos, que desde logo, e durante pelo menos uma década, figurou em diversos filmes, séries e produções fotográficas como o veículo de eleição num futuro genérico. Com um objecto tão liminarmente desprovido de arestas, tão ao gosto do design intemporal (que, por mais que quadratize, volta sempre ao mesmo, não é, Sr. Mégane?), o que fez a marca alemã? Esticou o capô - que ninguém lhe volte a chamar capô de fusca - e arredondou ainda mais a traseira, no limite do impraticável. Na próxima reincarnação, ou se saem com uma tábua de passar ou com uma esfera de duas portas, para a malta entrar e rolar com aquilo. Talvez um cruzamento improvável das duas coisas. O design tem as suas limitações, sendo a modernidade uma delas, no que às necessidades de consumo diz respeito. Este carro é um bom exemplo disso, mas, por essa mesma razão, e com mais ou menos retoques, continua actual e atraente em 2012.

Os mais improváveis carros de rally

Daewoo Tico

Um Daewoo nos ralis era o equivalente a competir montado numa máquina de fax. Um Daewoo chamado Tico era enviar um fax de antemão com os preparativos para o funeral.


Ford Anglia

Apesar da longa e determinante contribuição do construtor norte-americano para a competição automóvel, há pelo menos uma mancha no currículo da Ford que dificilmente será limpa (enquanto houver internet). Esta.



  Lada 112

Com o design inspirado numa caixa de sapatos – a fazer o Fiat 131 parecer um prodígio de sedução estética – e a aptidão desportiva de um isqueiro Bic, este Lada continua a rir-se dos túneis de vento, visto que ainda hoje é fabricado. Consciente do potencial da máquina, o piloto colocou prudentemente na porta traseira a sinalética adequada.


 Renault 4 

A rainha de todas as latas e sonho húmido da geração de 70 também marcou presença ocasional nas provas de estrada. Sólida, fiável e com uns amortecedores do arco-da-velha, literalmente, a Renault 4 fiava-se na sua incrivelmente baixa velocidade para não capotar em todas as curvas.

 

Fiat Cinquecento

Para quem não estava atento quando o Cinquecento passou, informamos que passou um Ciquecento. Feio, lento e pequeno, muito pequeno, este prodígio de engenharia low cost da marca italiana podia ser facilmente confundido com um calhau rolante (decorado).


Citroën 2 CV

Uma década antes de a R4 dar um ar da sua graça nas curvas do Mónaco, alguém achou boa ideia pôr um par de cilindros e 425 cc a bombar off road. Acredite-se ou não, o estóico 2 CV, que na verdade tinha 12, foi concebido para uso duro, versátil e económico, pelo que fez todo o sentido esta opção. Na maratona Liège-Roma-Liège, em 1955, este modelo cumpriu o seu papel, tendo regressado ao ponto de partida por altura do fim de produção do 2 CV, em 1990.



Volkswagen Amazon

O Amazon, que era uma versão budget do Passat fabricada no Brasil e movida a álcool, participou a título oficial (e a gasolina) em alguns ralis internacionais, incluindo o de Portugal. Os resultados não ficaram para a história mas o modelo gozou de alguma reputação no continente americano, onde era visto frequentemente a espantar a bicharada nas Pampas argentinas.


Peugeot 505

A Peugeot pôs tudo a correr – excepto o 604, que não cabia nas rectas –, porque não o 505? Com um turbo e uma motorização capazes de consumir combustível no valor equivalente ao PIB do Liechtenstein (em 2009) a moverem esta carcaça destemida, tínhamos a demonstração última de que até os modelos familiares da Peugeot podiam fazer saltar a gravilha como se não houvesse amanhã. O que, tendo em conta o peso da coisa, era a única ocorrência de destaque.


Peugeot 104

Veja-se o caso anterior. Se apetrecharam o 404, o 304, o 306, o 309, o 205 e até o 106, por acaso achavam que o 104 não se tinha feito à estrada? Pois estavam enganados, a Peugeot até a mãe velhinha punha a correr e acautelem-se que devem estar neste momento a colar autocolantes naquela coisa eléctrica que parece ter sido concebida por uma garotinha tísica. O 104, na versão ZS Evo2, introduzia uma melhoria tecnológica que permitia ao piloto mover-se no habitáculo.


Volvo 904

Sim, o 505 era grande. Mas o 904, como o nome indica, era maior. Pior que isso, ainda compete na Suécia, onde a sua chapa sobredimensionada foi forjada por vikings sedentários. O horror: até existem versões de competição em cor-de-laranja! Este mamute da Volvo, que falhou o casting para as corridas locais de camiões, não temia terraplanar os caminhos de neve que teimavam em colocar-lhe obstáculos. Diz a lenda que quando corre um 904 em Gotemburgo, a terra treme na Nova Zelândia.


Opel Ascona 

Falando de carros grandes e estafermos, o modelo da Opel que, qual vilão do Harry Potter, ostenta “the name that shall not be spoken”, corria menos mal do que a sua dimensão e aerodinâmica (ou falta dela) fariam supor. Claro que a agressividade subiu de tom quando, vestidinho pela Rothmans, propulsionado pela Cosworth e com os magos Ari Vatanen e Walter Röhrl ao volante, o Ascona 400 saltou para a ribalta dos rallyes mundiais, tornando-se, de facto, o último carro de tração traseira a ganhar o campeonato do mundo (1982, com Röhrl). O belo roncar do seu motor ainda pode ser ouvido, para gáudio do público, em provas de históricos.


Daihatsu Charade

Entre os pilotos a quem calhou conduzir competitivamente esta máquina japonesa, apenas para serem confundidos com um pequeno (mas rápido!) animal silvestre, contam-se o queniano Guy Jack e o britânico Terry Kaby.
A Daihatsu, expoente da filsofia pequeninos mas jeitosinhos, ou não é o tamanho que importa mas sim o desempenho, para quem gosta de um bom par de analogias lúbricas, era marca para vencer a categoria em todos os rallyes disputados, tendo o Charade registado algumas prestações de relevo, como o 5º lugar à geral no Safari de 1993 (Jack), ou o 18º no RAC de 1990. Mais do que um construtor que chamou aos seus carros Cuore, Charmant, Consorte, Midget, Naked e Rocky, entre outras ofensas, alguma vez mereceu.
 

 

Fiat Panda

Após ter trilhado caminhos nunca antes percorridos por batráquios a motor, abrindo a estrada para mutações genéticas como o (Seat) Marbella, o Cinquecento e o Seicento – também conhecido na Guarda e em Viseu como o carro das sibilantes assassinas – o Panda regressou no século XXI para reclamar o seu legado. Agora com uma mala maior, rodas menos baixas e um tejadilho com menor propensão para cair a meio das especiais.



Yugo 45

O Yugo, mais do que um carro concebido, foi uma coisa que aconteceu, um pouco como os cogumelos à beira das árvores. Montado pela Zastava Koral na encantadora ex-nação da Jugoslávia, e baseado no Fiat 127, esta coisa má da indústria automóvel foi feita até 2008 (!), com muito poucas mudanças em relação ao contraplacado original. Exportado para os EUA a partir de 1985, rapidamente entrou para o imaginário humorístico norte-americano. O Yugo é ainda presença frequente, a par dos Lada, na paisagem da Sérvia e da Bósnia e Herzegovina.



Trabant

Sim, o bacamarte móvel da RDA também participou em demonstrações do capitalismo mais leviano. Não sei o que andou por lá a fazer, a não ser que já veio tarde para dar razão a Galileu, e desconheço qual a motorização, mas foi com certeza responsável pelo início do debacle da camada de ozono. Limito-me a registar o facto e a seguir em frente, na esperança de que tudo seja esquecido.
 


Renault 12

Os mais atentos à história dos rallyes lembrar-se-ão, decerto, de ver fotos dos inúmeros Renault 12 no Rally da Argentina, durante a década de 80, que, sem argumentos para entrar em despique com o cronómetro, faziam da sua extraordinária resistência e da experiência dos pilotos locais a razão de proezas como o 4º lugar em 1984, com Mario Stillo, atrás dos Quattro de Blomqvist, Mikkola e do herói local, o malogrado Jorge Recalde (que, por sinal, havia iniciado a sua carreira num R12 TL). Note-se que falamos da versão 1.3, não do 1.6 Gordini que nem Monsieur Renault Sport, Jean Ragnotti, conseguiu pôr a andar como deve ser. Carro digno do Museu dos Grandes Erros de Design, o R12 era um tanque de guerra que levava nas calmas uma família de 6 em permante quezília, na companhia de tachos, panelas, cestas, sacos, saquinhos e brinquedos pelas estradas da Beira Baixa fora, incluindo as temidas curvas da Moinheca, rumo à borda de Espanha. Eu sei, que estava lá dentro. Se fazia isto, o que seria um simples rally.

15.3.12

Os mais belos carros de rally


20. Lancia Fulvia HF


19. Opel Manta 400


18. Toyota Corolla WRC


17. Fiat Grande Punto Abarth S2000


16. Renault Alpine A310


15. Nissan 240 RS


14. Alfa Romeo 75 Turbo


13. Mercedes 450 SLC


12. Ford RS200


11. Citroën Xsara Kit Car


10. Toyota Celica GT-Four


9. Peugeot 307 WRC


8. Porsche 911 SC RS


7. Alfa Romeo GTV6


6. Toyota Celica Turbo


5. Subaru Impreza 555


4. Renault Alpine A110


3. Audi Quattro A2


2. Lancia Stratos HF



1. Lancia Rally 037

Arquivo do blogue