16.1.14
Terra pródiga
A estupidez, com a convicção inoxidável da inanidade, espeta-nos o indicador nos olhos. Contorcendo-o, diz-nos que é correctiva e orientadora. O seu poderio reside em obliquar de tal modo os factos que os factos desaparecem. É um vírus, uma dor que não se sente, que conquista por negação, privação, encobrimento, manipulação. Porque é cega, quer que todos os sejam. Mas a estupidez prospera sob os telhados de quem a alberga. De quem não quer pensar e sentir. Até ficar sem nada para pensar, dizer e sentir. Resguardando-se no direito à estupidez, o estúpido militante encarrega-se de a disseminar como dever. Dessa potente virulência, em terreno fértil, nascem referendos à sua imagem e medida.
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