6.12.11

Lisboa menina e moça está velha e desdentada (mas ainda ganha concursos de beleza)


Por onde começar?...

Será:

Pelo planeamento urbano? Não.
Pela reabilitação urbana? Não.
Pela requalificação urbana? Não.
Pela reabilitação do património histórico? Não.
Pela reabilitação do património arquitectónico? Não.
Pelo repovoamento do centro urbano? Também não.
Pela qualidade da empresa pública de urbanização de Lisboa? Ná.
Pela idoneidade do sector da construção e obras públicas? Hum...
Pela rede de transportes da área metropolitana? Não.
Pelo plano de circulação automóvel? Não.
Ciclovias? You wish.
Estacionamento? Ah ah ah...
Medidas de controlo da poluição atmosférica? Não.
Sonora? Er...
Visual? Pf...
Pela intervenção comunitária? Não.
Pela consciência cívica? O superlativo de não.
Pela defesa do bem comum? OK, já chega.

De projectos urbanísticos de reabilitação, requalificação, reconstrução, primeiros socorros, transfusão e cuidados paliativos, espalhados por estiradores, espelhados em AutoCAD e invariavelmente perdidos nas catacumbas da CML (salvo raríssimas excepções) está esta cidade cheia. Pelo que, a meu ver, os motivos desta tonta honraria, para além do habitual roça roça diplomático pelas esquinas do estilo, devem residir no reconhecido apreço dos "académicos" pelo tinto, pelo peixinho grelhado, pelas casas de fado e, claro, pelo sol, o mais tarimbado relações públicas do urbanismo lusitano. Cá vos esperamos para a jantarada no restaurante O Burguesão, que em Oslo e Gotemburgo faz muito frio.


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