13.10.11
O melhor Mel
O capital de má vontade acumulado contra Mel Gibson é suficiente para lhe garantir uma longa travessia do deserto. A ver pelo pouco entusiasmo suscitado por The Beaver, a aversão do público a Gibson sobrepôs-se aos méritos do filme realizado por Jodie Foster. Num futuro mais ou menos distante, este sanguíneo exemplar da Hollywood de ontem há-de ressurgir em glória numa fita à medida, todos os pecados lhe serão perdoados e o gajo, afinal, tinha talento e ninguém se lembrava. Bom, quanto a mim nunca teve grande talento. Não como actor e, decididamente, não como cineasta. The Passion of The Christ e Apocalypto fazem de Ken Russell um autor subtil e intimista, e Braveheart, bom, é o Twilight com porrada, cavalos e anfetaminas. O certo é que, neste filme, consegue mostrar algo que nunca lhe vi anteriormente: sinceridade e contenção. E é a fragilidade autêntica de uma figura reconhecidamente transtornada (dentro e fora do ecrã) que dá força a este filme desigual. Gibson pode ser uma besta, mas em The Beaver é bestial.
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