27.5.08

Uma senhora não fala assim


O “comentário” de Hillary Clinton sobre a morte de Robert Kennedy, tentando justificar a persistência na corrida pela nomeação Democrata, é brutalmente revelador da personalidade desta mulher. Mas não é só isso. É uma alarvidade que ecoa nas patologias do medo e da conspiração da grande generalidade dos norte-americanos. Dos ignorantes aos manipuladores. Hillary é um pombo-correio do vale-tudo, em voo picado contra o solo. Depois de ter arrepiado a patifaria com tudo o que fez para chegar ao poder, solta agora os últimos estertores em patético desespero. Patético mas perigoso, porque, alimentando os instintos necrófagos da sociedade que pretende conquistar, traduz o que sentem os esperançosos na tragédia e os abutres noticiosos. Confesso que no começo nutri alguma simpatia por Hillary. Pura ficção. A mulher que esteve para se tornar numa figura histórica mostrou, vezes sem conta, que não passa de uma cascavel mitómana.

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