24.1.07

Os melhores posters de 2006



O IMP seleccionou os melhores posters de filmes de 2006. A escolha parece-me bem, mas decidi fazer uma selecção pessoal das propostas mais interessantes que vi ao longo do ano que passou. A ordem é mais ou menos aleatória embora o meu one sheet favorito seja o de Keane, de Lodge Kerrigan, que data de 2004 mas que só descobri recentemente. Bem a propósito, a miúda na foto acaba de ser nomeada para um Oscar de Melhor Actriz Secundária.





















































Adeus aos Pilares da Criação

I’m Sending More Troops To Iraq No Matter What Congress Does












... and I got myself a dandy new suit, too.

Fondation Nicolas Hulot: 9/11


Submitted by Arisca on Wed, 2007-01-24 22:34.

So many analogies that can be made, such diverse imagery that can be used. Of course you go for the vile comparison. It strikes a nerve and apparently reaches its goal but wait, oh, it went over the top and everyone is talking about anything else. We shouldn't address nature the way men treat each other and I think the total lack of subtlety only shows how eager the creative team was to impress. Show some real stills of what is going on just about everywhere. If it doesn't speak for itself and shake people up, then this kind of easy cheesy appropriation (that blur, forchrisake!) most surely will fall flat on its dubious intentions.

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Agência: CLM, BBDO, Paris

19.1.07

I rest my case

E já que falamos de requinte e bom-gosto, a seguinte proposta dispensa comentários.

Simplesmente Mena

Este momento é dedicado a todas as Menas funcionárias públicas, em particular aos escrotos com dois membros superiores hipoactivos e a sensação muito indistinta de possuirem um órgão pensante, exercendo malfeitorias ininputáveis nos Centros de Saúde do País (no de Alvalade, Lisboa, em particular).


“Falta a vinheta falta a vinheta falta a vinheta falta a vinheta falta a vinheta falta a vinheta falta a vinheta falta a vinheta falta a vinheta falta a vinheta falta a vinheta falta a vinheta falta a vinheta falta a vinheta falta a vinheta falta a vinheta falta a vinheta falta a vinheta tra la la falta a vinheta e falta a vinheta e falta a vinheta e falta a vinheta falta a vinheta falta a vinheta já disse que falta a vinheta…”

Algumas ideias nojentas


Ao percorrer as costumeiras páginas da web dedicadas às trivialidades do cinema (vá lá, e não só), tomei conhecimento das palavras de Sacha Baron Cohen ao aceitar o Globo de Ouro 2007 para Melhor Actor de Comédia por Borat. Cohen agradeceu ao seu colega Kenneth Davitian, com quem protagoniza uma cena de wrestling au naturel (eu não vi o filme, portanto não pormenorizo). Mais precisamente à borbulha pustulenta entre as nádegas daquele, onde pôde "enfiar as narinas, evitando respirar o ar fétido escondido durante anos na sua zona rectal".


Fico a desejar ardentemente que, em “Borat 2: Fezes em Delírio”, Cohen engula uma larva cisticercóide, uma fístula ou mesmo um fragmento do ânus ulcerado de um outro maníaco qualquer – homem, mulher ou babuíno – de forma a alcançar o nirvana da sua missão humorística. Estou certo de que a Humanidade estará então preparada para o abraçar com a histeria demente que lhe é devida.

Chegados a este ponto, tenho a certeza de que se encontra um discurso semelhante no Livro do Apocalipse e de que este gajo é a encarnação do anti-Cristo. Sinal de que o fim dos tempos está aí à porta (o que até nem estaria mal visto).

18.1.07

A vida não tem notas de rodapé











Babel sucumbe a um formalismo ambicioso que não é mais do que uma reciclagem desinsipirada de temas e formas anteriormente explorados. Já não é a primeira vez que Alejandro González Iñárritu lança o pathos como quem lança o caos e depois o tenta entrelaçar com uma vaga moralidade ecuménica – porque todo o sofrimento é redentor, caso não nos tenhamos apercebido. O rigor estético, no entanto, não é suficiente para resgatar o filme aos lugares-comuns da globalização nem o salva da fractura narrativa, disfarçada com cuspo de qualidade. Gustavo Santaolalla compôs uma partitura de precisão clínica, Rodrigo Prieto fotografou com uma crueza espartana e Iñárritu orquestrou todo o tipo de arabescos plásticos e sonoros para suportar as suas boas intenções, mas Babel não tem, simplesmente, dimensão espiritual. Forja situações de desespero e não se poupa a esforços para as rematar explicativamente, o que, recorrendo a uma linguagem tão alambicada, não deixa de ser um contra-senso.
Embora este seja o filme que os críticos do Y adoraram odiar, não é isento de alguns méritos, como o desempenho de Adriana Barraza, cuja humanidade transcende largamente a figura unidimensional que lhe deram no papel.

15.1.07

The Old Man to The Lizard



Lizard, lover of heat, of high
Noon, of the hot stone, the golden
Sun in your unblinking eye -
And they say you are old, lizard, older than

Rocks you run on with those delicate
Fishbone fingers, skittering over
Ovens even cricket in his shell
Could never sing in - tell me, lover of

Sun, lover of noon, lizard,
is it because the sun is gold with
Flame you love it so? Or is
Your love because your blood is cold?


Archibald MacLeish

("Days of Dark", desenho de Samuel Araya)

Voltamos aos Smurfs


"Donec eris felix, multos numerabis amicos*", disse o Smurf possuído por Asmodeus, canalizando Ovídio. E nem por isso a diabólica profecia se concretizou.


*Enquanto fores feliz farás muitos amigos.

3 x 00


Para abrir as hostilidades, uma panorâmica gráfica de 300, com 3 dos teaser posters em circulação. O imaginário bélico-(homo)erótico será a nova tendência para 2007? Em todo o caso, a força parece estar com Zack Snyder y sus muchachos. Resta apenas saber se esta adaptação de mais uma novela gráfica (de Frank Miller, no caso)será menos aquilo e mais isto. Uma coisa é certa: violência a rodos, para todos os gostos.

Então bom ano

(Os salmonetes agradecem a P.)

Florence, a pioneira




Antes de James Blunt, antes do 'Canta por Mim', antes de Dulce Pontes e antes mesmo de Natália de Andrade, surgiu este notabilizado fenómeno de lesão laríngea.

O drama da criatividade coagida












"E o que é que você estava a fazer naquele sítio, àquela hora, com aquela proposta na mão?..."

E de novo

sentiu o dilaceramento temeroso da incerteza…

Maneiras



São uma forma de mostrar aos outros que os estimamos.

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