25.10.06

A propósito do Massacre



Estreou há duas semanas nos EUA a prequela de Massacre no Texas, The Texas Chainsaw Massacre: The Beginning. Se desta versão pouco se espera, em face das críticas e da adesão do público, já a revisitação daquele filme de culto em 2003 (então com 30 anos), atingiu outro patamar de sucesso. O original de Tobe Hooper (autor do infame Poltergeist) provocou uma autêntica revolução no género e abriu um novo capítulo na história do cinema de horror. Seria difícil fazer-lhe justiça, mas o remake realizado pelo alemão Marcus Nispel (oriundo da publicidade e dos videoclips), sob a égide do não menos infame Michael Bay, produtor de serviço, apresenta um bom trabalho de recuperação das raízes tenebrosas dos clássicos de terror dos setenta, graças à violenta intensidade dos cenários, a uma hábil utilização do subjectivo e a uma maior economia do gore, aplicada clinicamente às situações mais brutais, mantendo sem esforço um ambiente sufocante e assustador. Com desempenhos invulgarmente realistas de Jessica Biel, Jonathan Tucker, Eric Balfour e Erica Leerhsen, um brilhante trabalho de fotografia de Daniel Pearl (também vindo do universo musical e habitual colaborador de Nispel) e do director de arte Scott Gallagher, The Texas Chainsaw Massacre é um espectáculo de terror puro, só para estômagos fortes. Uma sugestão para os dias de tráfego intenso no videoclube mais perto.

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