20.1.06

Desbotados


The Economist prevê para 2006 o maior défice orçamental entre os países da UE:

Portugal com o pior crescimento do mundo.

Défice orçamental atingirá os 5% em 2006.

Peso excessivo do Estado abafa a capacidade de iniciativa dos cidadãos e das empresas.
Aumento da pressão fiscal reduz a competitividade das empresas.
Rigidez da legislação laboral agrava o desemprego.
Portugal está na cauda da Europa e do Mundo tanto ao nível do equilíbrio das finanças públicas como do crescimento económico.

A revista “O Mundo em 2006”, edição conjunta “Vida Económica”/The Economist, estima que, com um crescimento de 1%, Portugal terá no próximo ano o pior desempenho entre o conjunto de 66 países dos cinco continentes analisados pela Economist Intelligence Unit e vai registar o maior défice orçamental entre os países da União Europeia.Enquanto a vizinha Espanha cresce a bom ritmo, aproximando-se do ritmo de desenvolvimento da Irlanda e dos países do Norte da Europa, Portugal vai perdendo terreno. Os países do alargamento também estão a crescer depressa. A Estónia e a Letónia vão atingir um crescimento de mais de 6% do PIB.Nesta edição especial “O Mundo em 2006”, vários líderes nacionais comentam as tendências para o próximo ano. Para António Carrapatoso, presidente da Vodafone, os males de Portugal são “crónicos e estruturais”, surgindo enraizados na forma como “a nossa sociedade funciona e está estruturada”. “A rigidez da legislação laboral retira oportunidades aos desempregados e dá os incentivos errados aos empregados, para além de não estimular o investimento e a criação de empresas”, diz António Carrapatoso.Este gestor afirma também que o Estado tem um peso excessivo na economia e que, em 2006, se deveria começar por melhorar o actual sistema de incentivos e de responsabilização.

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