2.12.08
Sem preconceitos
Na minha terra não há nada à minha espera. A minha terra faz-me desaparecer. A minha terra é redundante e enfadonha. É cinzenta mesmo quando faz sol. A minha terra é presunçosamente pequena, é um círculo fechado, é um ponto de passagem sem promessas nem objectivos. Que nunca me deu nada que eu não tivesse de desenterrar e polir. Que terra era aquela onde não havia desejos, não há, nunca houve? Eu nunca quis terra assim, não é minha, não a escolhi. Quando saí desta "minha terra" foi para não voltar. E quando voltei ela regurgitou-me. Por tudo isso, ou por quase nada, as intermitências não precisam de fingir luz. Essa luz que nunca se faz sentir.
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