25.11.05

Para quê é óbvio, porquê complicado, como, inacessível

Primeiro desejei ser amante. Depois desejei ser amigo. Depois desejei que as confissões e o deambular pela memória fossem uma mostra clara de partilha. Depois, que o que nunca se materializou não fosse morto pela comunicação preguiçosa. Depois seguem-se as vivências e os acasos nesta grande, espessa comunidade que é a vida. Para quê perguntar "porquê?" se, na verdade, nunca se procuram respostas? A falta de iniciativa é uma pobre desculpa para não correr riscos.

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