28.7.11

Só mais um dia...


It's been a long fucking year.

A ver




Três posters do caraças para três filmes que deve valer a pena ver, quanto mais não seja pelos elencos. Tinker Taylor Soldier Spy, de Tomas Alfredson (The Girl With the Dragon Tattoo), Contagion, de Steven Soderbergh (histórias entrecruzadas na linha de Traffic) e The Ides of March, de George Clooney, adaptação de uma peça de teatro desenrolada nos bastidores da política norte-americana (na linha, portanto, de George Clooney).

Reclamação mal digerida

A Emel respondeu diligentemente à minha reclamação, um par de meses depois. No entanto, face à situação descrita (fila numerosa e crescente, apenas dois funcionários em quatro possíveis no atendimento pós-almoço, número restrito de lojas e alternativas, rematada pelo tom hostil da colaboradora que me sentenciou: "há mais lojas"), parece não ter encaixado bem aquilo que é uma falha objectiva no seu serviço, reservando-se uma resposta tão idiota quanto pleonástica. Vejamos, se todos nos deslocássemos, em busca de diligência, a lojas da Emel ainda mais distantes da nossa zona de residência ou laboral, o problema não seria resolvido, seria?
 

27.7.11

Hard copy 43

Na mouche


Na sua coluna de opinião no Jornal de Negócios, Fernando Sobral, a propósito da campanha de angariação de crédito político liderada por Passos Coelho e da recente dança das cadeiras na CGD, escreve:

"A obsessão com a sinceridade na política é um produto de consumo como todos os outros."

Jornal de Negócios, 27 Julho 2011

Ilustração: Mireiamuntes

Diz que disse


Bom, reforma-se o "Coisas que gostaria de ter dito", uma vez que, bem pesadas as implicações de tal título, são expressivamente mais abundantes as coisas que gostaria de não ter dito. E além disso passamos a vida a reproduzir, a assimilar e a reinterpretar o que outros dizem, consciente ou inconscientemente, nas mais distintas situações. Às vezes até em intensos debates interiores ecoam na nossa mente as palavras sábias de Gabriel Alves ou da Amiga Olga, incontornáveis do consciente colectivo. Eu próprio sou acometido bastas vezes pela verdade insofismável que "o bacalhau quer alho" contém. Embora ultimamente "vai vir charters" se tenha imposto pela sua notável capacidade de síntese e irrecusável modernidade. A verdade é que nos esquecemos muitas vezes das fontes e ignoramos a sua legitimidade. Cada vez menos faz sentido rapinar pensamentos das figuras que admiramos e muito menos reflectir sobre eles, uma vez que a Wikipédia nos dá tudo feito. A Wikipédia diz tudo o que precisamos de saber e descobri que tudo o que gostaria de ter dito foi compilado pelos wikiloompas. Acresce que de há tempos a esta parte pasmo perante a lábia farolizante de Marcelo, concluindo que eu também gostaria de dizer o que ele diz. E ele diz tanto, e coisas tão mais sábias que Quim Barreiros. Bom, talvez não mais sábias, mas seguramente mais elegantes. Quem ganha a vida com opiniões pão de forma (do tipo tão práticas quanto nocivas e tão fofas quanto insidiosas), preenchendo simultaneamente a sua ocupada agenda de vendettas pessoais, olha que merece um ou dois doutoramentos honoris causa. Vou treinar muito para Marcelo, aglutinar a sua prosápia lapidar e sorver o máximo de informação aleatória, para não ter que aspirar ao que os outros dizem mas sim ser eu próprio um imparável processador de resenhas cerebrais. E se não conseguir moldar o futuro da humanidade, nem mesmo alterar o destino de uma nação, poderei pelo menos aspirar a um rotunda.

22.7.11

Isto & Aquilo


Over and Over, Erin Bode (Max Jazz, 2006)



"Over and over conversations play
every word i say is strong i know
going gone and out of sight are all the same
and you fought, and fought i know

say it's a good time to let it go
in the middle of the night when the lights are low
wait, there's a calm in the bitter cold
in the middle of the nights when the lights are low

we'll have time to wine and dine another day
we can spend all of our money
every single sign look the other way
is it gone?  is it out of sight?

over and over conversations play
in your humble way, in your mind
going gone and out of sight is yesterday
and you want to pray for your life

say, it's a good time to let it go
in the middle of the night when lights are low
wait, there's a calm in the bitter cold
in the middle of the night when the lights are low

over and over almost every day
things you didn't see wont let you go
maybe next time you can find a better way
when it's cold, it's cold, i know

say, it's a good time to let it go
in the middle of the night when the lights are low
wait, there's a calm in the bitter cold
in the middle of the night when the lights are low
in the middle of the night when the lights are low
in the middle of the night when the lights are low"

A 5ª Dimensão é aqui

 

Esta magnífica e original cadeira poderá ser sua por apenas 192€, com desconto de 70% e um desconto adicional de 15% se levar também um gatinho em loiça estilo fino. 


Vim da Dimensão Móveis com um amigo que acabou de mudar de casa e se sentiu atraído pela promoção "70% Off", singelamente intitulada "Dimensão Light". Pois bem, "fora" só se forem os preços e "light" o extracto bancário depois de adquirir qualquer uma das peças de fancaria lacada ou estofada com ar "moderno, contemporâneo e inovador " de assinatura italiana. Tiras a perna a uma mesa, o encosto a um sofá ou a simetria a quase tudo o resto, aproveitas matéria-prima genuinamente made in China, pintalgas a coisa de uma cor garrida ou forras com placas de polietileno (que parece ser um material privilegiado no universo "estilo design") a imitar carvalho, engendras uns quantos apelidos terminados em "-ini", "-esco" e "-elo", associados de preferência a Alessandro, Gianni e Marco, para promover a familiaridade, e afinfas-lhe com um preço nunca abaixo dos 170 euros e consistentemente acima dos 580. Tanto melhor se arrendares um espaço desproporcionado na confluência de uma população de novos ricos infoexcluídos e com o discernimento estético de um chimpanzé. Povoas a área com copos, pratos, tapetes e bibelôs diversos para dar um ar de coisa apetrechada, mas para que os pobres não confundam esta caverna de Ali Babá do mobiliário-stoneware-PVC-estilo aos magotes deluxe com as pepineiras low budget da Loja do Gato Preto ou (horror!) o racionalismo nórdico do IKEA, ofuscas a má qualidade geral e o aspecto saloio de quase tudo com umas etiquetas jactantes. Apreciei especialmente o sofá a 13.000 euros, a mesinha para uma chávena de café por 800 e tal (com desconto) e uma panóplia de sofás, cadeiras e mesas, com a patine amarelada do antigamente, decoradas a propósito com volumosos monitores dos anos 80, igualmente amarelados, na casa dos 1.000. Como disse ao G., só voltarei a entrar numa loja destas quando houver um "100% Off", e mesmo assim farei um test drive ao material primeiro, não vá o design italiano ter-se esquecido das leis da física.

20.7.11

Rua fora

Rua de Angola, Abrantes, 2011 

Agora está pequena e escavacada. Mas devolveu-me de repente tanta coisa. Parte da minha memória e dos meus irmãos está por lá. Lembram-se? Tu não, Rita, eras muito pequenina.

“As crianças passam dias compridos em ruas compridas.”  

Porque é que a Vida Acelera à Medida que se Envelhece, Douwe Draaisma

A profecia diabólica de Dennis Potter


Em 1994, a poucos dias de morrer, vítima de um cancro a que chamava "Rupert", o escritor inglês Dennis Potter foi entrevistado num programa do Channel 4. Falando sobre a má qualidade dominante na programação televisiva e a progressiva degradação moral dos media, como consequência da relação directa e insidiosa com o poder, Potter referiu-se a Rupert Murdoch da seguinte forma: 

"I'm going to get down there in the gutter where so many journalists crawl... what I'm about to do is to make a provenly vindictive and extremely powerful enemy... the enemy in question is that drivel-merchant, global huckster and so-to-speak media psychopath, Rupert Murdoch... Hannibal the Cannibal..."

Foram precisos dezassete anos para as suas opiniões serem documentadas al fresco e protagonizadas pela própria cáfila Murdoch, sob os auspícios do velho escroque. E aposto que na base disto tudo não está um trenó. Serão mais um tridente e uns cascos.

19.7.11

Annette's Blues


Se os prémios da Academia não fossem presa fácil da ofensiva mediática dos estúdios e fizessem realmente algum sentido, Niels Arestrup teria ganho o Oscar de Melhor Actor Secundário por Un Prophète (que estreou nos E.U.A.), Lesley Manville o de Melhor Actriz Secundária por Another Year e Annette Bening teria recebido a estatueta de Melhor Actriz pelo seu trabalho em Mother and Child. Trocaríamos esta nomeação pela de The Kids Are All Right e não tínhamos de assistir a Natalie Portman a dar à luz um discurso de baba, ranho e sentimentalismo genérico. Bening é uma master class de, bom, classe e carisma, seja qual for o papel que habite, mas no filme de Rodrigo García Barcha
a paleta de emoções a que recorre é talvez a mais complexa e intensa da sua carreira. Abandona-se, sem um pingo de "jogo" e vaidade, ao lento, introvertido e por vezes agonizante processo de reconstrução de uma mulher que desistiu de si. Esta interpretação crua, que não busca simpatia nem compaixão, acaba por nos arrastar incondicionalmente numa busca de redenção. Valeria a pena ver o filme só por Annette Bening, uma das maiores actrizes americanas contemporâneas, mas Mother and Child é uma obra delicada, inteligente, com uma história de perda e pertença muito bem construída em torno dos talentos de Bening, Naomi Watts, Kerry Washington, S. Epatha Merkerson e Samuel L. Jackson.

18.7.11

Hard copy 42



Exacto, não facilite. Ligue ao André que o gajo tem a chave para lhe lixar a vida. Para quê facilitar quando existe a Remax, certo?

Simplificando...


A administração do meu prédio não sabe escrever, mas faz-se entender aos pontapés. Possivelmente o próximo acordo ortográfico já possibilitará separar o predicado do complemento directo com uma vírgula marota e há-de espremer à força a impessoalidade do verbo haver,  e a gente aceitamos, porque ninguém come registo discursivo nem concordância, mas há que precisar se os "cortes" comportam risco de: a) levar com um frigorífico na testa; b) entrar-nos um frigorífico pela casa dentro e partir aquela porcaria toda; c) ser selvaticamente atacado nas escadas por um frigorífico em ressaca de qualquer coisa que suponho ser electricidade; d) o frigorífico sair porta fora e ir para o prédio ao lado onde há luz e coiso; e) lixarmos o frigorífico e o seu conteúdo se não lermos esta atenciosa cartinha e as informações pontuais. Além disso angustia-me pensar nas inúmeras possibilidades que "e outros" induz. Microondas, subsídios, chapa do automóvel, infiltrações no sótão, novo racionamento de açúcar, morfologia, sintaxe e semântica do português?...

Sanguinomancia ou algo parecido


"O tipo sanguíneo O é o mais antigo e o mais básico tipo de sangue sobrevivente da cadeia alimentar, com um forte e agressivo sistema imunológico. As pessoas de sangue tipo O têm memória genética de autoconfiança, autopreservação, concentração, energia, força, intuição, ousadia, poder, resistência e otimismo. O sangue tipo O é carnívoro, pois os alimentos de origem animal aceleram o ritmo de seu metabolismo, aumentando a eficiência. A carne é o combustível e o organismo tem alto nível de acidez no estômago. Quem tem esse tipo de sangue perde peso pela restrição de consumo de couve de Bruxelas, couve-flor, feijões, folhas de mostarda, grãos, etc."

Pelos vistos não bastam a astrologia, a cartomancia, a apantomacia, a geomancia, a uromancia (sim, essa uromancia), a nominomancia, as pevides da melancia, pelo grau de plausabilidade e por causa do sufixo, o polvo e o FMI para adivinharem o futuro e colocarem uma cruzinha certeira nas nossas caixinhas existenciais. Há um elemento-chave na descodificação oracular da matéria humana: o sangue. O tipo sanguíneo determina o nosso carácter e prediz o nosso percurso com a mesma acuidade de um molho de tripa de peixe, mas sem odorama. Tendo em conta o que li neste site brasileiro sobre a qualidade do meu sangue, esta será indubitavelmente a Natália de Andrade das artes divinatórias.

Ora bem, não me basta saber que não vou poder continuar a empanturrar-me com couve de Bruxelas e couve-flor, nem lambuzar-me em churrascadas de folha de mostarda, que ainda levo com um remate encorajador:

 
O Goebbels não estava disponível?

12.7.11

Tão fofos que eles são todos (e a saga continua 2)



Esta coisa continua a dar-me no nervo e não ajuda que hoje A. tenha enviado um mail onde diz:

"É um trabalho diria com uma 'ampla e abrangente aplicação'. Típico trabalho de agência big size. (Tal como o copy '... agora é o nosso nome que marca a diferença'.)

Onde já ouvi eu a expressão '... que marca a diferença'? Ou melhor, quantas vezes já ouvi eu isto!!!!

(...)

Bom, não estou sozinho, e conto com a solidariedade de um entendido. A opinião no site Brand New também parece contribuir para a ideia de alguma confusão. Mas, muito francamente, eu gostaria de nem me deter muito sobre os méritos da proposta. Estas coisas são tão voláteis quanto a sensibilidade imediata, o grau de especialização e a quantidade e natureza das referências acumuladas. Se fosse uma merda, a resposta seria mais ou menos unânime, mas como não é... Enfim, usando os termos que os designers privilegiam, acho que o script usado (e que atribui à marca, a meu ver, algumas qualidades interessantes que se tenta replicar exaustivamente) é das poucas coisas realmente bem pensadas. De resto, quer o typeface, quer os ícones, como o autor do artigo refere, fazem parte de outro filme. A sombra, mais do que escusada, é foleira. Também não vejo que estas mutações contribuam para o fortalecimento de uma imagem de marca ou para a criação de "brand awareness" além-fronteiras. É moderna, é amiga, é dinâmica, mas não encontro nela aquilo que uma identidade deveria imediatamente traduzir: constância e perenidade. Para um festival? Sim. Para uma identidade corporativa, no way. Quero é continuar a bater na mesma tecla. Porquê um trabalho encomendado a peso de ouro a Sagmeister? Quando terminarão estas ramificações tão saloias quanto sinistras aos salões da criatividade em Portugal? A genuflexão às santas padroeiras do eu é que sei porque conheço fulano? O culto do "name-dropping", arma infalível perante os bois aspiracionais que finalmente franquearam as portas do palácio? 

Porque o novo logótipo da EDP e as suas excentricidades vectoriais são, essencialmente, o reflexo disso.

8.7.11

Coisas que gostaria de ter dito 15

"There is no gene for the human spirit."



(Mas para a fossanguice imunda de certeza que há, e está a ser usado em clonagem industrial.)






Ilustração: Cathrine Finnema

Hard copy 40

O outro lado da crise ou como ser pobre mas culto

Obrigado, P.S.

Para que servem realmente as agências de rating?

Castanhada


Cortesia da Moody's, mais uma patorra quadrilheira dos Estados Unidos (por sinal com nome de restaurante barbecue), estamos ainda mais na merda. Mas atenção, esta é a ressaca do que foi outrora a boa-nova esbanjadora made in USA. Depois da luxúria (autenticamente canibal) levamos com a langonha especulativa que sobrou do período fértil. Desta relação de pura lascívia não resultaram crianças saudáveis, cheias de promessa, mas foram criados uns monstros muito jeitosos. Agora, olha, as meninas dos olhos do Estado estão quentes e boas para serem devoradas, a preço de rua, pela gula de quem pode, quer e manda.

Obrigado, P.S., pelo ponto de partida.

5.7.11

Sobre porcos e homens






Os Bunny Suicides são um incontornável, mas desconhecia os Selfish Pigs do Andy Riley. Vi-os no Porto, na Agremiação dos Futuros Unidos de Facto, e nunca mais os larguei. Se Riley tivesse andado por Portugal não se teria esquecido de incluir um porco ao volante, num cruzamento, a mandar lixo para o chão, a roncar e a acenar vigorosamente com os braços para o carro da frente que demorou um micronésimo de segundo a arrancar no verde, enquanto atende uma chamada por causa do leasing em atraso e se vira para trás para dar uma galheta no puto, guinando subitamente para a direita sem fazer pisca, olé! Difícil resumir tanta trama em dois quadradinhos, mas aliciante para um tratado sobre porcos egoístas.

4.7.11

Void is the new rationale


Another meeting, another moment of waffly guidance.

Lembrancinha


Site muito catita este, com cartões para toda a gente e todas as ocasiões. Eu já escolhi o meu!

Fogo de artifício espiritual

Estou a pensar fazer um curso de meditação. Uma vontade que não obedece a nenhuma crença em especial nem a nenhuma persuasão trendy... a não ser que o desespero esteja na moda. Detendo-me um pouco num certo e determinado site descobri projecções espirituais de insondável profundidade, elementos cósmicos que ondeiam na cauda iluminada da seráfica sapiência. Por exemplo:




Percebi, epifanicamente, que, para abraçar a luz, não preciso de me justificar a mim próprio nem aos organizadores da formação. Bastam-me três ou quatro associações inarticuladas de esoterismos.

Ficha de inscrição no Curso de Meditação

Nome: 
Um ser apenas que ao sê-lo é em sim o nome de todos os seres que clamam mete-te na tua vida.

Data de nascimento: 
Um dia ao dia será dado o momento do ser que em sim ao sê-lo é o nome do ser há demasiado tempo.

Indique as suas motivações: 
Ser o tempo que é, em si, o nome de vida que clama pelo momento de dizer sei lá.

Modo de pagamento: 
Luz.

É reconfortante saber que a ascese requer tão pouco esforço. O mumbo jumbo incorpóreo é a verdadeira fonte de toda a felicidade, não a levedura de cerveja!

Hard copy 39


What the hell?...

E a saga continua


Numa altura em que o país atravessa uma profunda crise económica e de valores, uma das poucas empresas (maioritariamente) estatais portuguesas, pelo menos por enquanto, comissiona os serviços de um designer da moda, austríaco, que pôs uma equipa de série B a fazer a enésima variação da Casa da Música (afinal, há que dar uso ao software), na intenção de adquirir "projecção internacional". Assim se incentivam os nossos valores e a nossa criatividade. É indiferente se a identidade é boa ou não. Mesmo que fosse genial, o que está em causa são, como sempre, como sempre, e sempre, a mentalidade e a postura. Só precisam agora de contratar o Frank Gehry para telefonar a nova sede e a Stella McCartney para rabiscar as fardas das meninas da promoção. Mais uns milhões em economia alheia e mais um chorrilho de pregos no nosso caixão.

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